A Feira Internacional de Luanda (FILDA) arranca hoje, depois de ter sido adiada devido ao luto nacional pela morte do ex-Presidente angolano José Eduardo dos Santos, estando prevista a participação de 25 empresas portuguesas no certame.
A Filda vai contar com 630 expositores, diretos e indiretos, de 15 países: Angola (país anfitrião), Portugal, Alemanha, África do Sul, Namíbia, São Tomé e Príncipe, Japão, China, Reino Unido, Itália, Brasil, República Democrática do Congo, Polónia, Turquia e Estados Unidos da América.
O certame, que estava inicialmente previsto para entre 12 e 16 de julho, foi adiado na sequência da morte de Eduardo do Santos, no passado dia 08, em Barcelona, Espanha.
Portugal será representado por 25 empresas, das quais 14 coletivamente, através da Associação Empresarial de Portugal (AEP), que tem como objetivo apoiar as empresas no seu processo de diversificação de mercados e o aumento das exportações nacionais, – 12 empresas expositoras e mais duas empresas extra, do projeto BOW – Business on the Way -, segundo um comunicado da associação empresarial.
As empresas portuguesas são de diversas áreas, desde a indústria alimentar, construção, extrativa, engenharia e tecnologias de informação, entre outras.
Citado na nota, Luís Miguel Ribeiro, presidente da AEP, sublinha que a participação portuguesa é “uma oportunidade para consolidar as presenças estabelecidas neste mercado e fortalecer as relações comerciais entre ambos os países”.
Segundo os dados mais recentes da Agência para o Investimento e Comércio Externo de Portugal (AICEP), Angola foi o nono cliente das exportações portuguesas de bens em 2020, com uma quota de 1,6% no total, ocupando a 25.ª posição ao nível das importações (0,6%).
A balança comercial de bens foi favorável a Portugal em 2021, tendo apresentado um excedente de 872 milhões de euros.
Existem 5.100 empresas a exportar para Angola, destacando-se entre os produtos exportados as máquinas e aparelhos, os produtos químicos e agrícolas, os produtos alimentares e os metais comuns.
Estão presentes no mercado angolano mais de 1200 empresas.
A 37.ª edição da Filda vai decorrer no pavilhão da Zona Económica Especial (ZEE), sob o mote “Tecnologias disruptivas como suporte ao desenvolvimento da economia” e termina em 20 de julho.