O Movimento Popular de Libertação de Angola (MPLA, partido no poder) encerra a campanha para as eleições de 24 de agosto com um “ato político de massas” em Luanda, a partir das 10:00 locais.
Na conta oficial do partido na rede social Twitter, o líder do partido, João Lourenço convida todos para o evento.
“Todos os caminhos vão dar na Província de Luanda! Esperamos por todos amanhã, às 10 horas [mesma hora em Lisboa], para a grande festa do MPLA. Chame oito amigos para votar no 8! Vota MPLA, vota João Lourenço!”, lê-se na mensagem, em que se faz referência à posição que a formação partidária ocupa no boletim de voto.
João Lourenço, atual Presidente da República, concorre a um segundo mandato.
Mais de 14 milhões de angolanos, incluindo residentes no estrangeiro, estão habilitados a votar em 24 de agosto, na que será a quinta eleição da história de Angola.
Os 220 membros da Assembleia Nacional angolana são eleitos por dois métodos: 130 membros de forma proporcional pelo chamado círculo nacional, e os restantes 90 assentos estão reservados para cada uma das 18 províncias de Angola, usando o método de Hondt e em que cada uma elege cinco parlamentares.
Desde que entrou em vigor a Constituição de 2010 que não se realizam eleições presidenciais, sendo o Presidente e o vice-presidente de Angola os dois primeiros nomes da lista do partido mais votado no círculo nacional.
No anterior ato eleitoral, em 2017, o Movimento Popular de Libertação de Angola (MPLA) obteve a maioria com 61,07% dos votos e elegeu 150 deputados, e a União Nacional para a Independência Total de Angola (UNITA) conquistou 26,67% e 51 deputados.
Seguiram-se a Convergência Ampla de Salvação de Angola-Coligação Eleitoral (CASA-CE), com 9,44% e 16 deputados, o Partido de Renovação Social (PRS), com 1,35% e dois deputados, e a Frente Nacional de Libertação de Angola (FNLA), com 0,93% e um deputado.
A Aliança Patriótica Nacional (APN) alcançou 0,51%, mas não elegeu qualquer deputado.
Além destas formações políticas, na eleição em 24 de agosto estão ainda o Partido Humanista Angolano (PHA) e o Partido Nacionalista da Justiça em Angola (P-Njango).