Angola arrecadou uma receita bruta de 10,2 mil milhões de dólares (10,34 mil milhões de euros), com a exportação de mais de um milhão de barris de petróleo bruto, no terceiro trimestre deste ano, informou hoje o Governo.
De acordo com os dados do Ministério dos Recursos Minerais, Petróleo e Gás sobre as exportações de petróleo bruto e gás no terceiro trimestre de 2022, os preços das ramas angolanas e do Brent, no período em referência, tiveram uma tendência decrescente.
O documento, a que agência Lusa teve acesso, indica que a média trimestral do preço das ramas angolanas foi de 101,6 dólares (94,8 euros) o barril de petróleo, enquanto a média do Brent foi de 100,8 dólares (94,1 euros).
“O volume exportado representa um decréscimo de 3,35% comparativamente ao trimestre anterior e um aumento de 1,77% em relação ao trimestre homólogo de 2021”, refere o balanço.
A apresentação sublinha que influenciaram os preços de forma negativa vários fatores, entre os quais as preocupações relacionadas com as novas medidas de confinamento na China, o regresso da produção líbia ao mercado, e de forma positiva, a decisão da União Europeia em reduzir a importação do petróleo russo em 90% até ao final do ano.
“Quanto ao preço médio das ramas angolanas verificou-se uma diminuição de 10,73% comparativamente ao segundo trimestre de 2022 e um aumento de 38,46% em relação ao período homólogo de 2021”, adianta o documento.
As exportações foram lideradas pela Agência Nacional de Petróleo e Gás (27,11%), seguida da Sociedade Angolana de Combustíveis e Angola (Sonangol) (14,29%), destacando-se entre as companhias internacionais a TotalEnergies (14,43%), Esso (8,26%), SSI (7,46%), BP (6,78%) Equinor (6,64%), ENI (6,63%) e Cabgoc (5,55%).
As principais ramas comercializadas foram a Mostarda (11,20%), Dália (11,14%), Clov (10,74%), Nemba (9,48%) e Pazflor (7,58%).
A China continua a liderar a lista de países de destino das exportações de petróleo angolano, com 45,37%, seguida da Índia, com 9,66%, da França, com 9,45%, Canadá, com 6,84%, e Espanha, com 6,73%.
Relativamente às exportações de gás e condensados, no período em análise foram exportados mais de um milhão de toneladas métricas, com um encaixe de 2,1 mil milhões de dólares (1,9 mil milhões de euros), representando um aumento de 12,14% comparativamente ao segundo trimestre do ano em curso e uma diminuição de 12,82% do volume exportado no período homólogo de 2021.
O documento indica que foram exportadas 825,21 mil toneladas métricas de LNG (Gás Natural Liquefeito), ao preço médio de 2,4 milhões de dólares (2,2 milhões de euros), 38,06 mil toneladas métricas de butano, ao preço médio de 507 mil dólares (473 mil euros), 130,42 mil toneladas métricas de propano, ao preço médio de 496 mil dólares (463 mil euros), e 66,66 mil toneladas métricas de condensados, ao preço médio de 560 mil dólares (523 mil euros).
O LNG teve como principais destinos a Holanda (41,53%), a Índia (25,68%) e a Espanha (24,48%), enquanto o butano e propano tiveram como principais compradores a China (99,07%) e a República Democrática do Congo (0,93%), para o primeiro produto, e a Bélgica (33,77%) e a China (32,78%), para o segundo produto.
No que se refere aos condensados, a Bélgica foi o principal destino de exportação deste produto.