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Fundo de Garantia de Crédito (FGC) de Angola vai contar com mais de “556 milhões de euros” para estimular “500 projetos” nos próximos cinco anos

O  Fundo de Garantia de Crédito (FGC) de Angola vai contar com mais de 300 mil milhões de kwanzas (556 milhões de euros) para estimular 500 projetos, nos próximos cinco anos, informou o presidente do conselho de administração da instituição.

Luzayadio Simba adiantou que o Fundo de Garantia de Crédito (FGC) concedeu, nos últimos 10 anos, 770 garantias, num investimento de 310 mil milhões de kwanzas (575 milhões de euros).

Para os próximos cinco anos, adiantou, estarão disponíveis mais de 300 mil milhões de kwanzas, com vista a estimular 500 novos projetos viáveis para que “a ação destas iniciativas tenha impacto significativo na economia e no desenvolvimento do país”.

O FGC assinou hoje com a sua congénere africana um memorando de entendimento através do qual serão disponibilizados para Angola cerca de 100 milhões de dólares (94 milhões de euros), para os próximos 10 anos, desembolsando por ano 10 milhões de dólares (9 milhões de euros).

“Pretendemos com este memorando assegurar que as MPME (micro, pequenas e médias empresas) tenham acesso facilitado às linhas de financiamento para a materialização dos seus respetivos projetos junto da banca comercial pelo FGC, em parceria com a AGF [Fundo de Garantia Africano]”, referiu o responsável angolano.

Durante a sua intervenção, Luzayadio Simba realçou que face aos resultados “animadores” dos últimos 10 anos, justifica-se a capitalização do FGC, no atual contexto económico angolano, para o surgimento de novos projetos.

Nos últimos 10 anos, o fundo promoveu, em parceria com a rede de bancos comerciais angolanos, a criação de cerca de 20 mil postos de trabalho, maioritariamente nos setores da agricultura, pesca, pecuária e indústria alimentar, informou.

Em declarações à imprensa, Luzayadio Simba avançou que a questão da capitalização do fundo está a ser vista pelo executivo angolano, estando os montantes ainda por definir.

“A recapitalização do fundo prende-se com a necessidade de o fundo ter maior capacidade de intervir no mercado, ou seja, aumentando o volume dos projetos garantidos. Quanto maior for a capacidade financeira do FGC maior número de projetos serão garantidos”, sublinhou.

Simba frisou que o grande desafio à concessão de garantia de crédito está ligado à componente técnica, que em muitos casos não está “afinada”.

“O que nós temos feito, e aquilo que este memorando de entendimento prevê, é a capacitação dos nossos promotores, tendo em conta a experiência que o Fundo Africano de Garantia traz já há algum tempo. Nós queremos aproveitar isto para capacitar os nossos promotores e também o próprio Fundo de Garantia de Crédito”, salientou.

De acordo com o presidente do FGC, na última década foram executadas garantias de “valores mínimos”, que não ultrapassam os 2%.

“Como em qualquer projeto não há perfeição, há sempre alguns que não tiveram êxito e que foram para execução e quando isto acontece, desde que se cumpram todas as exigências para que se execute uma garantia, o fundo tem vindo a cumprir a sua responsabilidade, mas o que temos feito é evitar que se chegue à execução”, vincou.

 

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