Sindicato dos Oficiais de Justiça de Angola (SOJA) cumpriram hoje o último de cinco dias de greve, para reivindicar a melhoria das condições de trabalho e salariais, sem chegar a acordo com a entidade patronal, disse fonte do sindicato.
O secretário-geral do Sindicato dos Oficiais de Justiça de Angola (SOJA), Joaquim de Brito Teixeira, realçou que a greve teve uma “adesão em massa”, e estendeu-se por todo o país.
“Devemos sentir-se satisfeitos, porque a adesão foi em massa, apesar de alguns contratempos de diversas índoles (…), poderíamos sentir-nos muito mais satisfeitos, se por acaso nos pudéssemos sentar [com a entidade empregadora] neste período à mesma mesa e discutir os assuntos candentes que fizeram com que tivéssemos a necessidade de fazer essa paragem”, referiu.
Joaquim Teixeira de Brito realçou que “tudo foi feito no sentido de melhorar as condições quer sociais quer de trabalho dos oficiais de justiça”.
Segundo o dirigente sindical, a primeira fase da greve terminou hoje, devendo os trabalhos ser retomados, a partir de segunda-feira, até aos próximos 45 dias.
O Ministério da Justiça e dos Direitos Humanos de Angola considerou ilegal a paralisação dos trabalhos, considerando que o procedimento de declaração da greve estava “eivado de vários vícios que maculam o seu exercício, conforme pretendido pelo sindicato”.
Numa nota, a entidade empregadora frisou que o SOJA não apresentou qualquer documento comprovativo de realização da assembleia-geral de trabalhadores, a sua convocatória ou quórum deliberativo com as assinaturas de todos os trabalhadores presentes.
De acordo com o governo, o sindicato nunca interagiu com a direção para abordar os temas relacionados com os funcionários, sendo “falsa e maliciosa a alegação de falta de disponibilidade da direção do ministério para dialogar com os trabalhadores”.
O Sindicato dos Oficiais de Justiça de Angola (SOJA) aponta incumprimentos do Governo no que se refere às exigências de melhorias dos serviços técnicos e administrativos, cujas condições são atualmente “desumanas e inconcebíveis” em várias províncias do país, bem como problemas com os estatutos remuneratórios, que dizem “merecer um tratamento atencioso”.