Analistas angolanos mostraram-se duvidosos que Angola possa recuperar os quase dois milhôes de dólares que o presidente João Lourenço disse terem sido desviados ilicitamente para países estrangeiros a quem apelou para a sua devolução.
Falando no habitual discurso sobre o estado da nação no parlamento angolano, João Lourenço disse que “é hora de outros países se juntarem aos esforços angolanos na luta anti corrupção”.
O presidente angolano pediu a países como Portugal, Bermudas, Luxemburgo, Suíça, Singapura, Namíbia e Emirados Árabes Unidos que devolvam os perto de dois mil milhões de dólares levados de Angola e domiciliados nestes países.
O jurista Albano Pedro jurista e professor universitário manfestou dúvidas que muito desse dinheiro esteja ainda ensses países porque “o dinheiro circula”.
“Eu duvido muito que estes dinheiros regressem ao país por não haver provas concretas que estes dinheiros terão entrado de forma ilícita ( e assim) eles não vão promover processos crime nem de repatriamento para que estes valores regressem”, afirmou.
Outro jurista Manuel Cangundo disse que os pedidos de repatriamento desses capitais são díficeis de aceitar porque “a fragilidade das instituições angolanas fazem de Angola um país sem credibilidade para estes parceiros internacionais”.
“Por isso fica difícil e quase impossível que estes países enviem estes dinheiros para Angola porque sabem que estes dinheiros são fraudulentos e se retornarem para Angola continuarão a ser fraudulentos”, acrescentou
O advogado Pedro Caparacata é de opinião que Angola deve deixar de se preocupar “com leite derramado”.
“Deviam-se preocupar com os dinheiros que estão a sair neste momento e tentar impedir que saiam para fora, a desgraça que vivemos hoje nada tem a ver com estes dinheiros que saíram é com o que sai neste momento”, afirmou.
O presidente angolano assegurou que as acções do executivo permitiram recuperar desde Agosto de 2023 bens imóveis, participações e recursos financeiros avaliados em mais de 1,8 mil milhões de dólares tendo requerido a restituição de mais de 1,9 mil milhões de dólares a Portugal, Bermudas, Suíça, Luxemburgo, Namíbia e Emirados Arabes Unidos.
O jurista Albano Pedro diz que o grande erro destes processos de repatriamento foi a introdução da vertente criminal devendo haver umn inetivo para levar as pessoas resposáveis a trazerem o dinheiro de volta e a investi-lo.