O Standard Bank Angola (SBA) prevê que a economia deste país lusófono cresça 2,9% em 2026 e que a inflação abrande para 14,2%, com o petróleo a representar menos de 20% do PIB.
“Em 2025 verificou-se uma desaceleração do crescimento do PIB, que foi afetado pela contração do setor petrolífero, no entanto, a nossa previsão é de uma recuperação em 2026; o mesmo acontece com a inflação, em que a estabilidade cambial tem permitido a redução da inflação e o corte das taxas de juro”, disse o economista-chefe do banco para Angola, Moçambique e República Democrática do Congo, citado num comunicado enviado à Lusa.
Na primeira metade do ano, apontou o economista, a pressão sobre a liquidez global foi a característica principal, devido aos receios sobre os impactos da política alfandegária dos Estados Unidos da América, mas “a partir da segunda metade do ano, e a partir do momento em que começou a haver negociação de tarifas para níveis mais baixos dos inicialmente previstos, observou-se um alívio nos mercados globais, uma restauração dos fluxos de capital e alguma estabilidade no preço do petróleo, o que tem permitido a Angola estabilizar a receita petrolífera, sobretudo num ano em que se verifica alguma pressão na produção”, acrescentou.
A segunda Edição do Briefing Económico, com o título ‘Angola além do Oil & Gas’, serve para salientar o empenho das autoridades em aprofundar a diversificação económica.
“Ao nível do PIB, é notória uma grande redução do peso do petróleo para menos de 20%; muito recentemente, esse peso estava a níveis superiores a 30%, o que revela que esta redução é bastante significativa e, no caso da receita fiscal, há agora uma maior contribuição da receita não petrolífera, o que sugere algum avanço nas reformas estruturais para ajudar a dinamizar a economia não petrolífera”, disse o economista.
Angola, concluiu, “está a implementar uma estratégia de substituição de importações e essa estratégia tem o mérito de ajudar a substituir alguns produtos com produção local, alguns produtos importados, mas, como é natural, leva tempo até que se observe uma maior contribuição do resto da economia nas exportações”.


