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Adalberto Costa Júnior (ACJ) e Rafael Massanga Savimbi (RMS) disputam a “presidência da UNITA” nos dias 28 a 30 de Novembro

Adalberto Costa Júnior (ACJ) e Rafael Massanga Savimbi (RMS) vão disputar a presidência da UNITA, oposição angolana, em novembro próximo, anunciou hoje a comissão de mandatos do XIV Congresso Ordinário do partido, após validar as duas candidaturas.

De acordo com a comissão de mandatos ao congresso, que se realiza de 28 a 30 de novembro próximo, em Luanda, as candidaturas de Adalberto Costa Júnior, presidente cessante da União Nacional para a Independência Total de Angola (UNITA), e de Rafael Massanga Savimbi foram aprovadas por reunirem todos os requisitos exigidos.

Adalberto Costa Júnior somou 165 assinaturas válidas no seio dos membros da comissão política do seu partido e 2.180 assinaturas válidas no seio dos militantes das 21 províncias angolanas, entre as 1.000 exigidas pelos estatutos, anúncio que mereceu fortes aplausos dos seus apoiantes presentes hoje no complexo SOVSMO, em Viana.

Rafael Massanga Savimbi, filho do fundador da UNITA Jonas Savimbi, totalizou no seio da comissão política 124 assinaturas válidas e a nível das 21 províncias de Angola somou 1.375 assinaturas validadas pela comissão de mandatos.

Segundo o coordenador da comissão de mandatos deste congresso, Silvestre Gabriel Samy, este órgão recebeu apenas duas candidaturas, aprovadas hoje “por terem reunido todos os requisitos exigidos pelos estatutos do partido”.

Ambos os processos validados hoje foram, na ocasião, entregues ao coordenador geral deste congresso do maior partido na oposição em Angola, Álvaro Chikwamanga, que, posteriormente, entregou ao coordenador da comissão eleitoral, em cerimónia presenciada pelas mandatárias das candidaturas, dirigentes, figuras históricas e demais militantes.

“Este ato de aprovação das candidaturas constitui mais um passo das ações por desenvolver no quadro do nosso congresso. Com esta nova fase ainda há um trabalho que há-de ser feito pela comissão eleitoral, que se cinge fundamentalmente no sorteio para sabermos qual será a posição de cada um dos candidatos no boletim de voto”, referiu Álvaro Chikwamanga.

Chikwamanga, também secretário-geral da UNITA, felicitou ainda o trabalho da comissão de mandatos, recordando que esta terá ainda missão de receber os processos das comissões provinciais para o credenciamento dos 1.251 delegados ao conclave.

No final da cerimónia, as deputadas Albertina Ngolo (mandatária de Adalberto Costa Júnior) e Amélia Judith Ernesto (mandatária de Massanga Savimbi) trocaram abraços, num ambiente marcado por cânticos e palavras de ordem de apoiantes de presidente cessante da UNITA.

Amélia Judith Ernesto disse aos jornalistas que os números que validaram a candidatura de Rafael Massanga Savimbi foram os exigidos à luz dos estatutos do partido, observando, no entanto, que serão os delegados ao congresso que vão decidir, com o seu voto, o próximo líder do partido.

Alberto Ngolo, mandatária de Costa Júnior, afirmou que a aprovação da candidatura reflete o “trabalho de casa” feito anteriormente: “Agora que a candidatura está aprovada vamos seguir o nosso cronograma da campanha, dentro dos marcos da coordenação do congresso, e do nosso lado estamos com a máquina afinada”.

O nacionalista angolano e dirigente histórico da UNITA, Ernesto Mulato, declarado apoiante de Adalberto Costa Júnior, considerou que a validação de ambas as candidaturas reflete o processo democrático interno do partido, garantindo que não existem divisões no seio da UNITA.

“Essa atividade reflete o nosso processo democrático, antes mesmo de ser marcada a data do congresso eu já havia reafirmado o meu apoio ao presidente cessante (…). Não pode haver divisões no partido, estamos em processo democrático e é normal que cada um expresse livremente o seu apoio a cada candidato, isso é normal, temos diferenças de pensamento num mesmo projeto que é a UNITA”, disse à Lusa.

A campanha eleitoral visando o conclave decorre entre 27 de outubro e 26 de novembro. O XIV Congresso Ordinário da UNITA decorre sob o lema: “Unidos pela Alternância, Estabilidade e Desenvolvimento”.

 

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