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África: Africell formaliza contrato com Angola para “lançar operadora em 2021”

O Grupo Africell formalizou hoje o contrato com o Governo de Angola para se tornar na quarta operadora global de telecomunicações e começar a oferecer serviços ainda este ano, anunciou hoje a empresa.  

Em comunicado, a empresa referiu que pretende investir “várias centenas de milhões de dólares” em infraestruturas e serviços durante a primeira fase do projeto, estimando que nos próximos cinco anos sejam criados 6.500 postos de trabalho.

Prometeu também subcontratar empresas locais para as obras, esperando assim “gerar empregos indiretos significativos e impulsionar a base de conhecimento de Angola através da cadeia de abastecimento e serviços de apoio necessários para operar um negócio sofisticado de comunicações e tecnologia”.

A formalização do acordo com o Ministério das Telecomunicações de Angola, o Ministério das Finanças de Angola e o regulador das telecomunicações angolano INACOM acontece cerca de seis meses depois de a Africell ter vencido o concurso público para uma quarta licença de telecomunicações em Angola, ao qual foi a única candidata.

“Angola é um dos destinos de investimento mais atrativos na África subsaariana e um líder africano, por isso vemos este como o próximo passo lógico para a Africell à medida que continuamos a expandir a nossa rede e a aprofundar a nossa pegada em todo o continente”, afirmou o fundador e presidente executivo e do Africell Group, Ziad Dalloul, em comunicado.

O empreendedor norte-americano manifestou empenho em “trabalhar com o Governo angolano para transformar o mercado angolano de telecomunicações através de preços mais baixos e acessibilidade”.

A Africell pretende oferecer serviços a custo acessível a clientes em todo o país, apostando numa rede móvel de alta velocidade e centrada em dados e telemóveis ‘smartphone’ sofisticados, também preços acessíveis.

Angola é o quinto mercado onde o Grupo Africell vai ter operações, juntando-se ao Uganda, Serra Leoa, Gâmbia e República Democrática do Congo, onde já tem uma base de 12 milhões de clientes.

O Presidente do Conselho de Administração do INACOM, Pascoal Fernandes, afirmou estar satisfeito por a Africell ter escolhido Angola para se expandir e espera que contribua para o “desenvolvimento do mercado, criando assim condições para que os utilizadores dos serviços possam usufruir de serviços de melhor qualidade.”

Com origens no Líbano, o grupo está desde 2020 registado em Jersey, ilha do Canal da Mancha, e tem escritórios em Londres.

O capital é detido por Ziad Dalloul e um acionista francês não identificado, tendo nos últimos anos angariado 370 milhões de dólares (307 milhões de euros no câmbio atual) de entidades como a agência de investimento norte-americana US International Development Finance Corporation (USIDFC), antes denominada Overseas Private Investment Corporation (OPIC), dos fundos Gemcorp e Helios Investment Partners e da International Financial Corporation, que faz parte do Banco Mundial.

 

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