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África: Cabo-verdiana TACV e angolana TAAG estudam “rota conjunta” entre os dois países

As Companhias aéreas de bandeira de Cabo Verde e Angola, TACV e TAAG, estão a estudar a criação de uma rota conjunta entre os dois países, anunciou hoje o Ministério dos Transportes e Turismo cabo-verdiano.

“Dando seguimento à agenda estratégica entre Cabo Verde e Angola e à assinatura de vários protocolos de cooperação entre os dois governos”, o ministro do Turismo e dos Transportes, Carlos Santos, recebeu em audiência, esta manhã, o presidente da comissão executiva da TAAG, Eduardo Fairen, e restante delegação da companhia aérea estatal angolana, refere uma nota do ministério cabo-verdiano.

“Dentre as conversações havidas, destaca-se a possibilidade da criação da rota conjunta Angola/Cabo Verde/Angola e outras oportunidades de negócios entre as duas companhias aéreas, no quadro da política do Governo para os transportes aéreos para o aumento da conectividade entre Cabo Verde e o continente africano e não só”, acrescenta a informação, referindo que as transportadoras estatais dos dois países vão manter reuniões durante esta semana.

Desde o início da pandemia de covid-19 que os dois países africanos não têm ligações aéreas diretas. A TACV realiza apenas voos para Lisboa, a partir do Sal, São Vicente e Praia.

O Presidente de Angola, João Lourenço, defendeu em 14 de março último, na Praia, a criação de uma ‘joint-venture’ entre as duas companhias aéreas de bandeira, para aproveitar as capacidades de cada país.

“Aproveitarmos da melhor forma possível as capacidades que Angola tem, em termos de meios aéreos, de aviões, e as capacidades que Cabo Verde tem em termos de gestão aeroportuária, de gestão de aeronaves, as capacidades que Cabo verde tem em termos de ter conseguido ao longo dos anos estar certificado a voar para espaços em que Angola não conseguiu”, disse o Presidente angolano, após reunir-se então com o primeiro-ministro cabo-verdiano, Ulisses Correia e Silva, durante a visita de Estado que realizou ao arquipélago.

“Vamos juntar as capacidades dos dois países neste domínio da aviação civil e creio que sairemos todos a ganhar com isso”, disse João Lourenço.

No palácio do Governo, o chefe de Estado angolano e o primeiro-ministro cabo-verdiano assistiram à assinatura de um acordo entre as administrações das companhias aéreas estatais dos dois países para cedência, pela TAAG, de um Boeing 737-700, em regime de leasing, à Transportes Aéreos de Cabo Verde (TACV), aeronave que chegou no mesmo dia à Praia e que posteriormente passou a garantir as ligações de médio curso do arquipélago.

“Pensamos ir mais longe, constituir uma ‘joint-venture’ entre a TAAG e a TACV para, com aeronaves da TAAG, e tendo como base a cidade da Praia ou a cidade do Sal – este detalhe passou-me, o que é importante é que a base será Cabo Verde -, a partir daqui, operarmos para várias capitais da região da África ocidental, conhecida como CEDEAO, e também dar continuidade não só para a Europa, como para os Estados Unidos da América”, afirmou João Lourenço.

Na mesma altura foi ainda assinado um Acordo Bilateral de Serviços Aéreos entre os dois governos, um Memorando de Entendimento sobre os Transportes Aéreos entre os ministérios dos Transportes dos dois países, e um Memorando de Cooperação Técnica entre a Agência de Aviação Civil de Cabo Verde (AAC) e a Autoridade Nacional da Aviação Civil de Angola (ANAC).

 

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