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África: Combate à malária travado pela COVID-19. Angola e Moçambique entre os mais afetados

Em 2019, foram confirmados 229 milhões de casos no globo, um número praticamente inalterado há quatro anos. Doença matou 409 mil no ano passado com Angola e Moçambique entre os países mais afetados.

 
Em comunicado, o diretor-geral da OMS, Tedros Ghebreyesus, disse que “é hora de os líderes de toda a África, e do mundo, enfrentarem mais uma vez o desafio da malária, assim como fizeram quando lançaram as bases para o progresso alcançado desde o início deste século.”
 
Em 2000, líderes africanos assinaram a Declaração de Abuja, prometendo reduzir as mortes por malária no continente pela metade ao longo de um período de 10 anos.
 
O compromisso político, juntamente com inovações médicas e um aumento no financiamento, criaram um período de sucesso sem precedentes no controle da doença. De acordo com o relatório, 1,5 bilhão de casos e 7,6 milhões de mortes foram evitados desde 2000.
 
No ano passado, ocorreram 229 milhões de casos em todo o mundo, uma estimativa que praticamente não muda há 4 anos. Ainda em 2019, a doença matou 409 mil pessoas, 2 mil a menos que no ano anterior.
 
A África continua tendo mais de 90% dos casos de malária. Desde 2000, a região reduziu o número de mortes em 44%, de 680 mil para 384 mil, mas o progresso diminuiu nos últimos anos.
 
Angola e Moçambique estão na lista das nações mais afetadas. Moçambique representa 4% do total de casos e mortes em todo o mundo, enquanto Angola reúne 3%.
 
O déficit de financiamento é uma ameaça nesta luta. Em 2019, foram angariados US$ 3 bilhões, quando a meta era US$ 5,6 bilhões.
 
A agência está promovendo a iniciativa “Alta Carga Para Alto Impacto”, lançada em 2018, que defende respostas personalizadas, com base em dados e informações locais. O programa já está sendo utilizado em 11 países responsáveis por 70% dos casos da doença em todo o mundo, entre eles Moçambique.
 
Uma análise recente da Nigéria, por exemplo, descobriu que, usando uma combinação de intervenções, poderia se evitar dezenas de milhões de casos e mortes até o ano de 2023.
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