Instituto Nacional de Sangue em Angola lançou um programa de recolha de sangue junto da comunidade do Namibe por falta de reservas. O objetivo é consciencializar a população para a importância da doação espontânea.
A falta de sangue nos hospitais do Namibe tem criado muitas dificuldades aos pacientes e familiares de pessoas internadas nas unidades sanitárias da província.
Para mitigar este problema, o Instituto Nacional de Sangue e a Universidade do Namibe lançaram uma campanha que já contou com mais de 50 dadores, entre estudantes e funcionários.
“Quem doa sangue, doa vida. É dar um pouquinho de vida àqueles que precisam e sinto-me lisonjeada, porque eu já sou dadora desde 2007”, disse Vitorina Tchimunco, funcionária da universidade e uma das participantes na iniciativa.
“Todos os anos, faço questão de cumprir o meu dever todas as vezes que alguém precisa, desde que eu esteja em condições e com possibilidade de doar”, acrescentou.
Doação deve ser espontânea
A estudante universitária Ariane Araújo também participou na campanha e apela à doação espontânea, sem que haja necessidade de se fazerem campanhas por falta de reservas sanguíneas.
“Não é a minha primeira vez. É uma causa à qual me juntei há dois anos. Desde então, estou nesta causa de corpo e alma, porque ainda temos amor para partilhar. Aconselho a dar sem ter que pedir. É importante”, assevera.
A responsável pelo Serviço de Hemoterapia do Hospital Provincial do Namibe, Selinda Fernanda Jongolo, salienta que as doações voluntárias vão ajudar a reduzir as mortes na região.
“Este sangue que colhemos hoje vai minimizar a carência de sangue nos nossos hospitais. Este sangue vai para a província toda, não só para o hospital provincial. Temos o Hospital Materno-infantil, o Hospital Municipal do Saco Mar e o Hospital Municipal do Tômbwa”, indicou.
“Para nós é sempre uma alegria saber que teremos a situação minimizada. A nossa salvação têm sido os doadores familiares”, acrescenta.
Sangue, um líquido precioso
Em representação da Reitoria da Universidade do Namibe, o professor Jerónimo Evaristo Sanchos lembrou as responsabilidades desta instituição de ensino superior, que vão além da formação e investigação.
“Também temos o sentido de responsabilidade, pela grande importância que tem esta atividade do doador de sangue, sobretudo para podermos ajudar, com o pouco que os funcionários podem fazer, e para conseguirmos mitigar as grandes necessidades que os hospitais ou os gabinetes provinciais de saúde têm deste líquido precioso”, concluiu.