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África do Sul: “Índice de Pobreza” é tema de nova formação no INE de Angola

Um grupo de 22 técnicos do Instituto Nacional de Estatística (INE) angolano recebeu formação, de forma virtual, sobre a elaboração do índice de Pobreza Multidimensional (IMP), informou hoje o Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD).

Numa nota, o PNUD, que apoiou a formação em colaboração com o INE, sob a égide do Ministério da Economia e Planeamento de Angola, refere que a formação foi dada pela iniciativa pela Pobreza e Desenvolvimento Humano da Universidade de Oxford (OPHI, sigla em inglês).

O reforço da capacitação desses técnicos ocorre um ano após Angola ter apresentado, pela primeira vez, uma medição de pobreza, baseada em privações assentes em quatro dimensões essenciais, designadamente saúde, educação, qualidade de vida e emprego, tornando-se o primeiro país de África a calcular o IPM.

“O IPM analisa a pobreza além das medições monetárias e de riqueza e foca-se nas várias privações sobrepostas que as pessoas vivem diariamente. Por exemplo, avalia a proporção de pessoas pobres por região e a intensidade dessa pobreza, ou seja, quão realmente pobres são as pessoas pobres”, sublinha a nota.

De acordo com o documento, algumas das questões são, para além dos rendimentos, se as pessoas estão bem nutridas, se têm acesso a água limpa, se frequentam a escola ou se têm registo civil, dados essenciais para a tomada de decisões sobre políticas públicas para a redução da pobreza, quer a nível nacional quer local.

“Na formação online intensiva, os 22 técnicos e especialistas de estatística do INE aprenderam como desenhar um IPM, computar e analisar os dados, usando o método Alkire-Foster”, indica o comunicado.

O relatório do IPM de Angola divulgado em 2020 revelou que a incidência da pobreza a nível nacional é de 54%, ou seja, mais de cinco em cada dez pessoas em Angola são multidimensionalmente pobres, e que a taxa de incidência da pobreza multidimensional na área rural (87,8%) é mais que o dobro da taxa de incidência na área urbana (35,0%).

“Vale a pena referir que a pandemia da COVID-19 veio pôr em perigo, a nível global, o desenvolvimento dos últimos anos, em mais do que um indicador, e Angola não deverá ser exceção”, realça o documento.

A organização das Nações Unidas acredita que o INE e o Governo de Angola recebem com esta formação “uma ótima ferramenta para medir, de tempos em tempos, as dimensões e os progressos alcançados, e desenhar, priorizar e adaptar as medidas contra a pobreza”.

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