Junta militar que governa país desde o golpe de Estado anunciou, esta segunda-feira (29.11), que Alpha Condé saiu da prisão. Não foi esclarecido se o ex-Presidente está em prisão domiciliária ou sob outras restrições.
A junta militar que governa a Guiné-Conacri desde o golpe de Estado de 5 de setembro libertou o Presidente deposto Alpha Condé da prisão.
Numa declaração lida ao final do dia desta segunda-feira (29.11), na televisão estatal, a junta militar que governa o país desde o golpe de Estado disse que Alpha Condé foi transferido para a casa da sua mulher, Hadja Djénè Kaba Condé, na comuna de Dixinn, nos subúrbios de Conacri.
O Comité Nacional de Combate e Desenvolvimento (CNRD), como a junta se autodenomina, disse que continuaria a “tratar o antigo chefe de Estado de uma forma digna da sua patente e sem pressões nacionais ou internacionais”.
Os líderes do golpe não esclareceram se Condé está sob prisão domiciliária ou sob outras restrições.
O líder golpista da Guiné-Conacri, Coronel Mamady Doumbouya, tomou posse a 01 de outubro, tornando-se oficialmente o Presidente de transição após ter destituído Condé, que governava o país desde 2010.
A 27 de Setembro, o CNRD publicou uma “Carta Transitória”, uma lei fundamental que irá reger o país até que uma nova constituição seja redigida.
O golpe teve lugar a 05 de setembro, quando Condé foi preso por membros do Grupo das Forças Especiais do exército liderado por Doumbouya, que disse ter encenado o golpe para criar as condições para o Estado de direito.
Tanto a União Africana, como a Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO), exigiram a libertação do presidente destituído.
A CEDEAO também impôs sanções aos líderes golpistas, incluindo a proibição de viajar e o congelamento de ativos financeiros.
A Guiné-Conacri é um dos países mais pobres do mundo, mas tem um potencial mineiro, hídrico e agrícola significativo, e as suas reservas de bauxite – a matéria-prima para a produção de alumínio – estão entre as maiores do mundo.