A capital da República de Angola, Luanda, acolhe esta quinta-feira, 16 de setembro, a terceira mini Cimeira, pela iniciativa da Região dos Grandes Lagos (RGL), sobre a situação política e de segurança na República Centro africana.
O presidente angolano, João Lourenço, tomando a palavra, condenou o golpe de estado na Guiné-Conacry, avançando que esta mini cimeira de Luanda deve juntar a sua voz a da CEDEAO, da União Africana e das Nações Unidas, pela libertação imediata do Presidente da Guiné-Conacry, Alpha Condé.
Na mensagem de boas vindas aos estadistas africanos a Angola, o Presidente da República, João Lourenço, disse que o país refirma o apoio incondicional da organização sub – regional.
“Reiterando as boas vindas as vossas excelências, reafimamos o apoio incondicional da nossa organização sub – regional e alguramos que as nossas discussões trilhem o caminho para a paz e estabilidade na República Centro africana”, conforme João Lourenço.
Vale recordar que, o Presidente da Comissão da União Africana, o tchadiano Moussa Faki, foi nesta quarta-feira, 15 de Setembro recebido em audiência, no Palácio da Cidade Alta, pelo Presidente da República, João Lourenço.
Faki, chegou a Luanda ma tarde de quarta-feira, para participar em mais uma mini-cimeira sobre a situação política e de segurança na República Centro Africana, por iniciativa da Conferência Internacional para a Região dos Grandes Lagos (CIRGL).
Moussa Faki Mahamat, sobre a situação política na Guiné-Conacry, afirmou que a União Africana condena o golpe de Estado e exige a libertação do Presidente Alpha Condé e o regresso da normalidade constitucional.
“Na cimeira desta quinta-feira, os Chefes de Estado poderão também manifestar a sua posição de forma clara contra este golpe. Por isso, queremos deixar aqui bem claro que a União Africana não apoia este golpe e o condena”, reforçou.
De acordo com o presidente João Lourenço, a Conferência Internacional para a Regiões dos Grandes Lagos, enquanto mecanismo de coordenação da União Africana, intervém no processo Centro Africano no quadro do princípio da subsidiariadade.
Por outra, manifestou a sua preocupação pela manutenção do embargo de armas, na medida em que a República Centro Africana está a viver um contexto político interno diferente, caracterizado pela legitimidade das instituições do Estado, sendo que a prevalência desta situação impede as autoridades de usufruir das capacidades necessárias para garantir a sua própria segurança.