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Agência Nacional de Petróleo e Gás (ANPG) de Angola licita em setembro 12 blocos petrolíferos “on-shore” nas Bacias do Kwanza e Congo

A Agência Nacional de Petróleo e Gás (ANPG) de Angola vai licitar em setembro próximo 12 blocos petrolíferos das Bacias Terrestres do Kwanza e Congo, com potencial estimado em dois mil milhões e seis mil milhões de barris, respetivamente.

A sessão de “roadshow” para adjudicação dos 12 blocos petrolíferos “on-shore” realizou-se hoje em Luanda, com a presença de investidores nacionais e estrangeiros, bem como de entidades governamentais ligadas ao setor petrolífero, entre as quais o ministro dos Recursos Naturais, Petróleo e Gás angolano.

Diamantino Azevedo, que abriu o evento, referiu que este passo visa dar mais um contributo para atenuar o declínio da produção e manter a sustentabilidade no setor de hidrocarbonetos.

“Esperamos com esta sessão criar todas as condições para que os investidores saibam qual é o roteiro, todos os aspetos inerentes e também a formação geológica que existe sobre os blocos e assim poderem preparar-se para, em setembro, quando se abrir oficialmente a licitação, todos terem as ferramentas para participar”, disse.

O governante angolano salientou que em 2017 o setor petrolífero do país enfrentava “um quadro difícil”, dando-se início a um processo de reforma naquela altura, “que não deve ser estático, mas dinâmico” e contínuo.

“E estamos a fazer de tudo para que este declínio acentuado regrida, para que possamos ter uma produção estável para os próximos anos. E isto passa por, além das medidas legais e regulatórias tomadas, a execução da estratégia de exploração, de prospeção, para a procura de mais petróleo, estratégia de licitações e também (…) para a oferta permanente de blocos”, destacou.

Esta licitação insere-se na estratégia geral de atribuição de concessões petrolíferas, aprovada em 2019, que até 2025 prevê licitar mais de 50 concessões, para mitigar o declínio de produção e de reservas petrolíferas no país.

Por sua vez, o presidente do Conselho de Administração da ANPG, Paulino Jerónimo, manifestou disponibilidade para encontros individuais com os variados investidores interessados ao longo das próximas semanas, reforçando o compromisso de um diálogo aberto com os seus parceiros.

Em declarações à imprensa, o diretor do gabinete de Negociações da ANPG, Alcides Andrade, referiu que a licitação deste ano, depois da última realizada em 2021, visa desenvolver o segmento petrolífero também no “on-shore” do país e com isso trazer novas reservas, novos recursos e nova produção, para assegurar sustentabilidade na atividade petrolífera, que continua a ser o maior contribuinte para as receitas do país.

Segundo o diretor de negociações da ANPG, este ano vão realizar-se ações de promoção junto de investidores específicos, com encontros direcionados, bem como em vários fóruns que vão acontecendo no país ou internacionalmente.

“No caso de Luanda, em particular, estamos a realizar agora este ‘roadshow’, é o primeiro em termos de discussões de apresentação inicial das oportunidades, mas vamos dar continuidade com reuniões também individuais com os vários investidores que se fazem aqui hoje presentes (…) até lançarmos o concurso formal que está previsto para finais de setembro”, sublinhou Alcides Andrade.

O responsável sublinhou que foram perfurados cerca de 27 poços na Bacia do Kwanza e dois na Bacia do Congo, “informação que dá a entender que há presença de hidrocarbonetos”, o que é “muito importante para os investidores”, que vão poder comprovar esses dados exploratórios e avançar para o desenvolvimento dessas oportunidades.

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