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Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) de Angola diz que houve “equilíbrio” no reajuste de preços

O Responsável da Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) defendeu hoje que o Governo angolano teve de encontrar um equilíbrio no reajuste de preços dos transportes públicos, para não prejudicar nem as empresas nem os cidadãos.

“Foi o ajuste razoável, porque poderia ter sido mais, [pelo que] foi feito em função desse ajuste do preço do combustível”, disse Énio Costa, presidente do conselho de administração da ANTT, questionado pela Lusa sobre a reação da sociedade aos novos preços estabelecidos para os transportes públicos.

Em causa estão as novas tarifas para os transportes públicos coletivos urbanos rodoviários de passageiros, ajustados depois do aumento, há oito dias, do preço do gasóleo, que passou de 300 para 400 kwanzas por litro (0,28 para 0,37 euros), no âmbito da retirada gradual pelo Governo do subsídio aos combustíveis, iniciada em 2023.

Segundo Énio Costa, o país enfrenta desafios e as empresas têm uma estrutura de custos que precisam de compensar com os atuais preços dos combustíveis.

“E foi basicamente nessa perspetiva que foi feito esse ajuste”, disse o responsável, sublinhando que era preciso não se prejudicar as empresas, sob pena se enfrentar “situações de empresas deficitárias, o que também não é ideal”.

Énio Costa que falava à margem do 2.º Fórum de Transporte e Logística, organizado pelo Jornal Expansão, com o tema “O Novo Aeroporto como Pólo de Desenvolvimento Económico para o País”, disse que não é um ajuste elevado, “mas o necessário a ser feito” para haver o equilíbrio entre as empresas e os utentes desses serviços.

Sobre o aumento dos preços, várias reações têm sido manifestadas pelos angolanos, que consideram elevadas as tarifas determinadas pelo Governo, estando anunciada uma manifestação, este sábado, em protesto pelos atuais preços.

Questionado sobre essas reações, Énio Costa considerou que “é normal que haja esse tipo de posicionamentos, contudo, era o necessário, para haver o equilíbrio entre as famílias, que precisam se deslocar, e também as próprias empresas, para o funcionamento normal desta atividade”.

A ANTT passou de 200 (0,19 euros) para 300 kwanzas (0,28 euros) o preço do serviço de táxis coletivos (transporte ocasional de passageiros) e de 150 (0,13 euros) para 200 kwanzas a tarifa do serviço de autocarros urbanos, deixando ao critério dos órgãos da administração local do Estado os ajustes tarifários a serem feitos ao serviço intermunicipal de passageiros.

 

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