O Adalberto está na moda e o “da Costa Júnior” também, face ao seu carácter reconciliador e de coerência, que metem medo ao seu principal adversário. Quem o ouve, quem o lê, sente estar diante de um homem equilibrado e só mesmo um grande sacana, safado, mal educado e invejoso pode odiar um homem com a grandeza da sua estrutura ética e moral, moldada muito antes de se ter tornado presidente da UNITA ou militante deste partido.
Conheço-o desde os tempos de estudante na cidade invicta do Porto, Portugal, e quem o conhece, pode confirmar isto.
O líder da oposição é um indivíduo de muito boa educação, com princípios sempre defendidos com unhas, dentes e língua, até mesmo nos momentos de brincadeira, com os seus colegas académicos e companheiros partidários, ainda vivos, que se recordam tão bem da forma séria, responsável e com espírito patriótico sempre que a conversa é Angola.
Por esta razão ele merece a estima e o apreço dos angolanos de bem, pois é um dos mais profundos princípios da natureza humana, defender a justiça, a liberdade e a democracia, e Adalberto guarda sabedoria, ao contrário de muitos que se deslumbram, com elogios e gestos de admiração, por parte dos outros, mas na primeira oportunidade, apunhalam pelas costas. Nesta senda, todos juntos devemos reforçar o espírito de unidade e verdadeira reconciliação.
O presidente da UNITA, na minha opinião é daqueles que bebeu do leito materno os hábitos de convivência colectiva, de respeito pelas regras de conduta, das crenças e dos valores de integridade, logo com ele, na gestão do país se estará a afastar vícios de uma escumalha política, no poder há 45 anos, com práticas e actos maldoso contra Angola e os próprios irmãos angolanos.
Precisamos de optar por quem não tenha hábitos e costumes dos pistoleiros cowboy, que governam o país com o dedo no gatilho e uma mão no veneno para eliminarem selectivamente quem os contesta.
Mandem lixar o convite de Lourenço
O convite não o contemplou, mas que figura faria Adalberto Júnior num almoço, sobre os escombros dos seus homens eliminados, até hoje, por intolerância política, quando o evento, não passa de uma pimpa de sorrisos, abraços, punhaladas e apertos de mão fingidos para vender ilusões aos menos atentos, quando, houvesse grandeza, deveria ser o recarregar das energias para a busca de um ambiente de reconciliação, enterro do ódio e fim dos assassinatos dos homens da UNITA por intolerância política. Não foi nem será nunca, essa a intenção, então pergunta-se, que figura faria o líder da UNITA nesse almoço?
Vamos ver uma coisa, se os acordos de paz não passaram de uma farsa, considerando que paz não é apenas o fim da guerra, mas a presença constante e permanente da justiça, na vida dos cidadãos, que tarda em ser realidade, mas que se veria com bons olhos, se tal estivesse a ocorrer em Angola.
Ora, ver o presidente do maior partido da oposição, que tem a máquina diabólica do Presidente da República contra si, em comes, bebes e cínicas gargalhadas, com um JLO /MPLA, seria apadrinhar a continuidade de uma ditadura, que assenta os seus actos na injustiça e intolerância política, até hoje.
Eu não percebo porque razão algumas pessoas se espantam com o facto de Samakuva ter sido convidado por JLO e não o presidente da UNITA, para o famigerado e triste almoço sobre os escombros de tanta gente que continua a morrer em plena ilusão de tempo de paz, quando ao que parece existem conversas periódicas entre Samakuva e Lourenço, logo não deve haver motivos para xinguilamentos, sendo preciso não esquecer que Samakuva era a preferência do MPLA, especialmente de João Lourenço, que pressionava a sua permanência na presidência da UNITA, talvez pelo facto de ser haver da sua parte uma grande apetência em engolir tantos sapos vivos servidos pelo MPLA, enquanto timoneiro da UNITA.
Fernando Vumby