Existem pessoas “matumbas e estúpidas” enfiadas na política angolana.
Quando eu digo o João é sincero, em termos semânticos ,i.e., em termos de significado, referência e verdade , estou na verdade atribuindo qualidades ao João. Isso é uma questão lógica e analítica. Ora , o mesmo sucede quando digo ” o João é desonesto” , as aspas na verdade surgem , no âmbito da Filosofia Analítica, para demarcar a diferença entre ” uso e menção “, isto é segundo as concepções Analíticas de Gotlob Frege, Bertrand Russell e Ludwig Wittgenstein.
Assim , as palavras podem ser usadas e mencionadas . As palavras são usadas quando simplesmente dizemos aquilo que queremos dizer , ou seja, usamo-las para significar, referir , representar o mundo. Ao passo que a menção usamo-las para falar sobre as palavras .
Exemplo: “os angolanos honestos estão com o camarada João Lourenço”. Algo que não significa absolutamente nada, não representa tampouco significa alguma coisa sobre o mundo , se não , para representar as próprias palavras.
Logo , em termos sintáticos é normal assimilar que ” as pessoas honestas estão com o camarada João Lourenço” na medida em que as frases expressam os acontecimentos físicos, comportamentos linguísticos de pessoas; e não fazem sentido nenhum em termos semânticos (significado, referência e verdade) dentro do princípio Fregeano do “contexto (tempo , lugar, pessoas) , ou seja , não é assimilável que “os angolanos honestos estejam com o camarada João Lourenço ” dentro de uma perspectiva partidocrata.
Hélder Mwana África.
Futuro Filósofo analítico
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