A Africell, quarta operadora de telefonia móvel de Angola, tem todas as condições criadas para iniciar operações a partir de Dezembro deste ano informou, nesta segunda-feira, o CEO da empresa, Christopher Lundh.
A informação foi prestada no final de uma audiência que o Presidente da República, João Lourenço, concedeu à embaixadora dos Estados Unidos da América (EUA) em Angola, Nina Maria Fite, e à delegação da Africell Global Holding Ltd.
O CEO da Africell disse, à imprensa, que as obras de conclusão do centro de operações da operadora serão concluídas nas próximas semanas.
Trata-se de um investimento de cerca de trezentos milhões de dólares que asseguram, numa primeira fase, 400 empregos directos e 100 indirectos.
Entretanto, o ministro das Telecomunicações, Tecnologias de Informação e Comunicação Social, Manuel Homem, que testemunhou a audiência, augurou que a entrada da Africell, no mercado, venha criar equilíbrio na oferta e melhoria dos serviços de telefonia no país.
O governante adiantou que o encontro clarificou os objectivos traçados para a quarta operadora, correspondentes ao Plano Nacional de Desenvolvimento, em implementação.
Manuel Homem disse que o órgão regulador está a criar condições para que a Africell comece por operar em Luanda, mas que se possa estender, gradualmente, a todo o país, partindo dos maiores centros urbanos.
Por seu turno, a embaixadora Nina Maria Fite disse que a Africell é um exemplo de como as companhias dos Estados Unidos da América investem em Angola em sectores diferentes do petrolífero.
“As companhias americanas trazem tecnologia, trabalho e capacitam nacionais para o mercado do emprego”, salientou a diplomata.
O Instituto Angolano das Comunicações (INACOM) e a Africell procederam, em Fevereiro deste ano, à assinatura do Contrato de Concessão para Prestação de Serviços de Comunicações Electrónicas, licenciando esta operadora com o Título Global Unificado (TGU).
O contrato habilita a Africell a vender produtos de comunicações electrónicas e a prestar serviços tradicionais e financeiros, por via do telemóvel (Mobile Money), em todo o espaço geográfico da República de Angola.
Com esse 4º operador, o Executivo espera a melhoria da concorrência no sector, com mais inovação tecnológica e qualidade de produtos e serviços, assim como melhores preços, em benefício dos cidadãos e da economia nacional.
Em 2017 foram concedidas as três primeiras licenças de Título Global Unificado às empresas Angola Telecom, Movicel e Unitel, após realização de um Leilão de Frequências.