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ANGOLA À UM PASSO DE “CONVULSÃO POLÍTICO-SOCIAL” SE DESEMPREGO CONTINUAR A CRESCER

Uma onda de protestos vem se registando nas ruas de províncias de Angola e diariamente nas redes sociais. No dia em que o país comemorava os seus 45 anos de independência, Luanda ficou praticamente sitiada, com as forças de segurança limitando a circulação de pessoas para tentar conter uma manifestação que teve o saldo de um morto, dezenas de feridos e desaparecidos, segundo denuncias.
 
Os protestos que tendem a ganhar mais simpatizantes a medida que são reprimidos, são organizados pela sociedade civil, sobretudo jovens e visam reclamar melhores condições de vida, eleições autárquicas, etc.
 
Para sectores do governo, os manifestantes não passam de arruaceiros, financiados pelo maior partido da oposição.
 
Esta posição repressiva do governo, está a aproximar o país da linha vermelha e pode levar o país a uma grande convulsão social, de acordo com um antigo oficial da inteligência militar hoje dedicado a docência.
 
Para ele, o momento exige que o Presidente da República dialogue mais com todos os sectores da sociedade e se acautele de tomar medidas que podem piorar a situação, quer do ponto de vista económico, social, político e até mesmo religiosos.
 
Medidas boa na economia atrairão investidores e estes criarão empregos. Segundo o docente, o aumento do desemprego esta directamente ligado ao crescimento dos protestos e ao aumento da criminalidade e outros males sociais.
 
O Presidente tem várias estruturas de apoio que lhe permitem aferir com maior propriedade o risco de conflitos sociais e também para tomar medidas adequadas para evitar a situação.
 
A fonte que não ignora o contexto global de crise, alerta que a criação de leis para restringir liberdades e o uso das força de segurança para reprimir manifestantes é o catalizador para um conflito com possibilidade de ruptura institucional.
 
Os dois últimos grandes protestos em Luanda, acumulam um saldo de três manifestantes mortos, o que é um sinal de alerta, disse.
 
De acordo com os organizadores dos protestos, nos próximos dias serão realizadas outras manifestações, com realce para o dia 10 de dezembro, data em que o partido do governo comemora mais um aniversário. A acontecer e considerando a actual postura do governo, poderá ser um dia sangrento.
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