O antigo líder da CASA-CE, a terceira força política angolana, e promotor do partido político não legalizado ainda, Pra-Já – Servir Angola, Abel Chivukuvuku, condiciona a proclamação formal da Frente Patriótica Unida (FPU) à existência de acordos com todos os seus integrantes sobre o que chama de “princípios, valores e objectivos”. Ele diz que são necessários acordos quanto a “princípios, valores e objectivos”.
“Temos que estar de acordo sobre como é que a FPU vai funcionar, como é que vamos governar´, depois de ganharmos, e como é que vamos trabalhar no Parlamento”, disse.
Em declarações à plataforma digital, Mwangole TV, no sábado, 18, Chivukuvuku mostrou-se despreocupado com a marcação de datas para a proclamação da FPU sob o argumento de que “o mais importante é que aconteça e com solidez”.
Entretanto, ele anunciou que a cúpula do projecto que dirige estará reunida nesta quarta-feira, 29, para aprovar “os documentos reitores” e manifestou a convicção de que os outros líderes vã oagir da mesma forma.
Para o analista João Lukombo Nzatuzola, a UNITA é o único partido membro da FPU “com percurso político” para liderar a plataforma partidária, através do seu presidente Adalberto Costa Júnior.
O académico angolano defende que, de outra forma, os militantes da UNITA não permitiriam a reedição da experiência da CASA-CE indicando uma figura fora das suas hostes.
“Não vejo a UNITA a dar a presidência a Abel Chivukuvuku nas condições em que saiu do partido e com uma projecto político que ainda não é reconhecido. O Bloco Democrático só tem viabilidade quando atrelado a uma coligação”, disse.
De referir que o presidente da UNITA, Adalberto Costa Júnior, afirmou no passado dia 11 de Setembro que anunciaria a liderança da FPU nos 10 dias seguintes.