Na senda da manifestação de 24 de Outubro, 11 de Novembro e 10 de Dezembro de 2020, activistas dão seguimento aos protestos, com uma manifestação no próximo dia 20 de Março de 2021, uma vez que as exigências do povo continuam vivas, pelo fim do elevado custo de vidas, pelas autarquias sem rodeios e pela transparência eleitoral.
A denominada “Marcha Pacífica pela Cidadania” será realizada em todo país e igualmente no estrangeiro, cujas palavras de reflexão avançam que, a qualidade dos políticos e da política de qualquer sociedade depende muito da força de vontade e da consciência cívica dos seus cidadãos, porque os cidadãos são responsáveis pelas grandes mudanças e reformas que acontecem/aconteceram no mundo.
No caso em concreto de Angola, apelam os activistas, para que haja a realização ou concretização dos direitos civis, políticos e/ou económicos, é necessário que o próprio cidadão tome consciência e participe nos grandes desafios pela mudança.
“MPLA não fará mudanças neste país se os jovens não forem intransigentes, resilientes ou persistentes naquilo que realmente querem para o país”, alertam.
O ano 2020, recordam, foi bastante desafiante para os angolanos, mostrando ao mundo a sua vontade de continuar à lutar pacificamente, exigindo reformas políticas e económicas que visam melhorar a qualidade de vida dos angolanos.
Sendo assim, apartir do próximo dia 20 de Março, do corrente ano, voltaremos a sair às ruas de todas as cidades capitais de Angola para exigirem a marcação da data para a realização das eleições autárquicas ou locais em todo país sem rodeios;
1- A revisão da actual Legislação Eleitoral;
2- Reformas da actual composição desigual da CNE;
3- A auto-demissão do presidente da Comissão Nacional Eleitoral (CNE), Manuel Pereira da Silva Manico;
4- Redução do elevado custo de vida dos cidadãos angolanos e;
5- O afastamento do Ministro e Director do gabinete do Presidente da República, Edeltrudes Costa.
“A construção da correlação de força entre a sociedade civil e o poder depende (rá) da nossa capacidade de agir e saber fazer. A nossa geração não pode falhar”, enfatizam o apelo.
O local de concentração da manifestação em Luanda, como é habitual, será o Largo do Cemitério da Santa Ana, pelas 10 horas com destino ao 1° de Maio, às 12 horas.
Na ocasião, a Sociedade Civil Contestatária, Movimento Social de carácter Nacional e Internacional, com perfilação em mais de 11 províncias de Angola, apercebendo-se da manifestação, com as pautas reivindicativas têm que ver com as causas nobres e dignas de luta, expressou o seu incondicional apoio à organização.
“A “SCC” ao abrigo da “unificação das lutas cívicas”, com o objectivo de forçar com que as alterações e melhorias no quadro social, econômico e político se evidencie, e por estarmos em consenso com a organização da mesma manifestação, que prontamente se estreitou relações que são característicos no âmbito das iniciativas sociais e cívicas, portanto, não somos “contra-angola”, e sim por Angola e pelos Angolanos”, e diante desta pauta reivindicativa, nós nos revemos, e apoiamos”, conforme se lê.
A Sociedade Civil Contestatária, considerou ainda que a revolução é um processo que se faz em colectivo, por consciência Colectiva, sem divisões nem paralelismo de ideias e opiniões, “nesta senda, a SCC é pela convergência cívica e de unificação de forças”.