Cerca de 900 fiscais em Luanda queixam-se de não receber salários há mais de 14 anos. Eles decidiram começar uma greve interpolada já a partir de 1 de Julho. Para poderem sobreviver, muitos reconhecem que chegam a furtar bens dos cidadãos autuados.
Eles também se queixam de falta de condições de trabalho e do dinheiro retido na fonte não ser enviado para a Segurança Social por parte do Governo provindial de Luanda.
Francisco João Jang secretário-geral dos agentes da Fiscalização de Luanda, filhada na Unta-Confederação sindical, diz que “escrevemos para todo o mundo mas não temos qualquer resposta das autoridades”.
Por isso, em assembleia, os trabalhadores decidiram avançar com uma greve interpolada, com a primeira a começar a 1 de Julho e outra a 8 de Agosto.
O sindicalista apela ao diálogo entre as entidades da província de Luanda e sindicato, “com vista a ultrapassarmos esses problema”.
Em contacto com o porta-voz do Governo provincial de Luanda, Ernesto Gouveia garantiu um esclarecimento a qualquer momento.
No entanto, “esclarecer que desde a extinção da Direcção Provincial da Fiscalização, em 2012, os agentes da fiscalização deixaram de depender do Governo Provincial de Luanda, mas sim à administração dos respectivos municípios”.