Ambientalistas na província angolana do Namibe avisaram que vários rios que formam a bacia do Cunene estão em perigo devido às actividades de empresas e garimpeiros de ouro. Pedem fiscalização do Governo e educação às comunidades.
O ambientalista Jerónimo Maria Francisco António esteve nos últimos dias a fazer o levantamento dos rios Kusso, Tchissoy, Lomoma e outros pequenos rios, que formam a bacia do Cunene e diz que as fontes desses rios estão a ser postas em perigo por aquelas actividades.
“Infelizmente nos deparamos com uma situação muito desagradável no município de Chipinado onde as fontes dos rios estão todas desfeitas com a sede de procura de ouro por parte de algumas empresas credenciadas, mas que não respeitam a lei sobre o ambiente e também das pessoas singulares que fazem garimpo”, afirma.
António faz notar que “são fontes que alimentam o rio Cunene”, e acrescenta que “me parece que as empresas credenciadas para a prospecção do ouro não têm sido fiscalizadas”.
“É preciso que a AGT e o Ministério das Finanças ponham a mão nisso e também o órgão de tutela do Ambiente deve ser mais contundente a bem da saíude das fontes e nascentes dos rios em Chipindo”, acrescenta aquele ambientalista.
No rio Quê, para além dos efeitos da seca, também constatou a agressão ao ecossistema na sua fonte, tais como a destruição e desaparecimento de plantas seculares como a “etamba” que protege a fonte de água.
Jerónimo António, Burdarei Bumba, engenheiro ambientalista e docente Universitário no Cunene e e Yannes Lupekeo formaram um pequeno grupo de ambientalistas que tabalhar proteger o ambiente na região
Para aquele ambientalista, “hoje em dia fala-se muito da política sustentável, é necessário levar a educação ambiental àscomunidades para que os rios sofram pouco e a água percorra sem dificuldades até à foz do rio Cunene”.