Com mais de 30 anos na política, Abel Chivukuvuku destacou-se na UNITA, de onde saiu e, em 2012, promoveu a Convergência Ampla de Salvação de Angola – Coligação Eleitoral (CASA-CE), que passou a ser a terceira força política no Parlamento.
Há dois anos, foi afastado da coligação por suposta quebra de confiança.
Apesar de ver o seu novo projecto político chumbado, o analista Rui Kandove lembra que Abel Chivukuvuku não é um político medíocre, apesar dos resultados não tão bons conseguidos.
“Chivukuvuku não é um político qualquer”, dizem analistas depois da não legalização do seu partido
No entanto, diz “pode concorrer às autarquias e, a partir de lá, lançar-se à liderança do país” porque, sublinha, “não estamos a falar de um político medíocre, não estamos a falar de um político qualquer”, que, para ele, mudou o cenário político angolano.
Para Agostinho Sikato, Chivukuvuku tem várias saídas, entre elas a de criar um partido no qual “não dê as caras, pode concorrer a uma autarquia e ainda encabeçar um dos partidos já existentes”.
A 1 de dezembro, o TC refutou a legalização do Partido do Renascimento Angola – Juntos por Angola – Servir Angola (PRA-JA Servir Angola), justificando a sua decisão com o facto do processo de recurso a decisões anteriores semelhantes apresentado pela comissão instaladora “não suprir insuficiências” e apresentar “alegações ambíguas”.
O recurso contestava o despacho no mesmo sentido do tribunal de 27 de agosto e agora a mesma iniciativa só pode ser apresentada outra vez dentro de quatro anos.
Abel Chivukuvuku marcou para quarta-feira, 9, uma conferência de imprensa na qual vai reagir à decisão do tribunal e pronunciar-se sobre o futuro.
Eles apontam caminhos ao futuro daquele político angolano
O chumbo do Tribunal Constitucional (TC) de Angola ao recurso interposto para a legalização do projecto político liderado por Abel Chivukuvuku começa a ter muitas reacções.
Analistas apontam vários caminhos para o futuro de Chivukuvuku para os quais ele não é um político qualquer.