O Eng. Civil e militante veterano do MPLA, disse esta quinta-feira, 16 de Dezembro, ter acompanhado com dupla emoção a discussão a volta do assunto mediático, hipotética “fome relativa”, extraído de pronunciamentos do actual presidente de Angola.
De acordo com o também pretendente ao cargo de presidente do MPLA, com dupla emoção acompanhei a fervorosa discussão sobre a hipotética “fome relativa”, um extrato retirado do mais recente discurso de JLo, no estádio 11 de Novembro, em Luanda.
Para Venâncio, por um lado, a tristeza que a palavra “fome” infunde na maioria dos lares (mais de metade dos angolanos é pobre) e por outro, a convicção de que está correcta a sua tese, segundo a qual, não há país que valha se ao seu Sector de Estatística não é prestada a proeminência devida, a maior atenção, no espaço da gestão geral e da administração pública, para se governar bem, de forma segura e com alguma ciência.
“A meu ver, não apenas cai numa involuntária traição momentânea aquele que reduz a carência nutricional das.nossas crianças, dos velhos e dos cidadãos em situação de grave vulnerabilidade a um simples cantar episódico dos políticos, mas cairá, do mesmo modo no equívoco, aquele que não se der conta que até cidadãos que deviam já reunir condições para pertencerem a uma classe social dita média, já começam a enfrentar sérias dificuldades no plano economico, onde também a situação alimentar da prole e de próximos regride assustadoramente a passos largos”, disse António Venâncio.
Defendeu ainda que, muito teria de se fazer para melhorar o quadro da fome que assola milhões de angolanos, assim como muito teria sido realizado, no plano das Estatísticas (censos regulares, credíveis e actualizados), para que os discursos reflitam a real “realidade” do país, facto para que julga ser aqui chamado, com urgência, o Instituto Nacional de Estatísticas.
“A melhor governação, é aquela que não é feita de improvisos”, apelou.
Por último, considerou que a fervorosa discussao havida nas redes sociais, em parte com algum humor sobre a nossa fome, prova a tese da necessidade de um funcional sistema de estatística nacional, que forneça com regularidade dados cada vez mais credíveis sobre a vida dos angolanos.