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Angola: “Aprovação da revisão da lei eleitoral é uma legalização da fraude”, afirma político da UNITA

O deputado e político da UNITA, Rafael Massanga Sakaita Savimbi, disse recentemente em declaração ao Correio da Kianda, que o esvaziamento do apuramento dos resultados eleitorais, a partir dos municípios, “está a se legalizar aquilo que ontem chamávamos de fraudes”.

Rafael Massanga explicou que na perspectiva do Governo eles propõem que os apuramentos se façam nas mesas e os resultados se enviem directamente à Luanda. Para o político, não se justifica, enquanto as demais províncias têm as comissões eleitorais e comissões municipais e porque “não se respeita os procedimentos da lei anterior, que permite que um lado seja feita a votação e as assembleias encaminhem para as comissões municipais eleitorais e por sua vez, este faz a compilação dos votos a nível do município e estes enviam para as províncias, e este reencaminha para nacional”.

O responsável dos assuntos das relações internacionais e comunidades do maior partido na oposição, disse ainda que não se entende por que que hoje quer se anular este processo, que na sua opinião, há um exercício para se legalizar aquilo que ontem “chamamos de fraudes”. De acordo com Massanga, o que o seu partido tem dito é verdade. Na prática não tem havido respeito consensual. A título de exemplo é o que aconteceu em 2017″, rematou.

O filho do primeiro presidente da “Galo Negro”, Jonas M. Savimbi, destacou que uma das maiores preocupações do seu partido tem a ver com alguns prazos eleitorais, principalmente com a fixação das listas dos cadernos eleitorais.

Para Rafael Massanga, este item deve ser feito com maior antecedência para que se possa corrigir os eventuais erros que venham a surgir, por isso que a UNITA está a defender o alargamento das datas para permitir que haja tempo suficiente, como nos casos dos cadernos eleitorais e dos delegados de listas, e irmos para eleições de 2022 de forma tranquila e não se fazer as coisas na última de hora.

O parlamentar espera que a discussão do pacote eleitoral que vai ser discutido agora na especialidade, seja frutífero e que os deputados, não importa de que bancada for, devem pensar Angola e não os partidos.

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