O comandante-geral da Polícia Nacional (PN), Paulo de Almeida, denunciou a existência de certos “elementos negativos” que utilizam os meios de comunicação social e as redes sociais para “desacreditar o papel e a imagem da Polícia Nacional”.
Paulo de Almeida fez está denúncia na abertura do 1° Seminário Metodológico de Capacitação em Matérias de Comunicação no Instituto Superior de Ciência Policiais e Criminais (ISCPC) “Serra Van-Dúnem”, no município de Viana, em Luanda.
“Nos últimos anos, tem havido uma certa tendência em desacreditar o papel e a imagem da Polícia Nacional, talvez para enfraquecer à sua capacidade operacional, o seu sentido republicano e o seu papel de garante da ordem e da estabilidade pública”, disse Paulo de Almeida perante todos os directores dos gabinetes de comunicação institucional e imprensa da PN de todas às províncias de Angola.
“Muitas dessas acções são perpetradas por elementos negativos que utilizam os vários meios de comunicação social”, aponta, destacando que a comunicação “pode ser uma arma não letal e letal, para destruir e inviabilizar projectos e programas de desenvolvimento, porque a comunicação transforma mentes para o bem e para o mal”.
O Comissário-geral disse aos directores dos gabinetes de comunicação institucional e imprensa da PN que o Comando-Geral quer uma comunicação mais credível no ponto de vista ético, cívico e moral. “Queremos uma comunicação mais influente no resgate dos valores éticos, cívicos e disciplinares na elevação da moral e do patriotismo”, apelou, sublinhando que a corporação quer uma comunicação institucional “oportuna, pedagógica e desafiante”.
“Queremos bons comunicólogos para servirem de mensageiros da nobre missão policial. É isso que pedimos e espero que os presentes neste seminário aproveitam este momento para reflectirem sobre o desempenho da nossa comunicação do seio da corporação”, avisou.
Na opinião do número um da Polícia Nacional, a corporação não pode admitir que existam efectivos incoerentes que utilizam às redes sociais e os órgãos de comunicação social para praticarem actos que atentam contra a ordem e a boa imagem da Polícia Nacional.
“A polícia deve ser uma entidade de valor moral, cultural, social e acima de tudo politico. O polícia é um comunicador nato pelas valências e autodidatismo que carrega… Temos que evoluir, a nossa forma e meios de comunicar”, apontou.
“É necessário que todos os comandos provinciais tenham área de comunicação e imagem desenvolvida e activa”, recomendou Paulo de Almeida, salientando que a PN, tem que abrir uma radio corporativa FM, para que as mensagens sejam permanentes e constantes, auditivas e sensibilizadoras.
“Temos que potenciar as equipas de reportagens para acompanharem o dia-dia da actividade policial. A educação patriótica não deve estar distanciada da comunicação e da imprensa, essa aliança deve ser constante e permanente”, finalizou.