A Associação das Farmácias acusa o Ministério de Saúde de ter criado “complicações” que estão a dificultar a realização de testes rápidos da covid-19. A autorização para que as farmácias possam fazer testes foi dada pela ministra da Saúde, Sílvia Lutucuta, a 22 de Dezembro, mas exige condições de biossegurança, técnicos com formação adequada e referências do diagnóstico da testagem.
É este conjunto de exigências que é contestado pela representante das farmácias. A associação lembra que as farmácias “não são laboratórios” e que a testagem pode ser feita desde que haja um espaço reservado, com uma mesa e uma cadeira.
A inspecção às farmácias começou, na passada quarta-feira. “Mandaram inspectores, criaram exigências e muitas condicionantes. Querem ajuda, mas estão a complicar para não fazermos os testes”, protesta Deborah Almeida, representante das farmácias. Além das exigências, a associação lembra que a realização de testes depende de um diploma.
Por isso, Deborah Almeida crítica a Direcção Nacional de Medicamentos e Equipamentos por “não estar organizada” e aconselha a que “se organize”.
Por outro lado, o Gabinete de Comunicação e Imagem do Ministério da Saúde reforça que o processo de inspecção às farmácias para aferir as condições vai continuar. E garante que o “suporte legislativo está na forja bem como o estabelecimento dos preços” dos testes.