Um jovem foi mortalmente atingido a tiro na segunda-feira por alegados elementos das Forças Armadas Angolanas, que usavam uniforme militar, na vila de Cafunfo, denunciaram ativistas.
Segundo informações veiculadas pela ativista cívica Laura Macedo na sua página de Facebook, o jovem foi baleado na cabeça, por volta das 18:30 de segunda-feira, quando se deslocava de motorizada com um amigo na vila mineira, que foi palco, recentemente, de um conflito com as forças de segurança de que resultou um número indeterminado de mortes e feridos.
Em declarações à Lusa, um ativista de Cafunfo, que pediu anonimato, revelou que o outro jovem foi atingido numa perna e conduzido para o hospital regional de Cafunfo.
A informação foi confirmada à Lusa por um vizinho da vítima mortal.
A Lusa contactou o porta-voz do ministério do Interior da Lunda Norte que remeteu esclarecimentos para mais tarde.
No passado sábado, dia 30 de janeiro, segundo a polícia angolana cerca de 300 pessoas ligadas ao Movimento do Protetorado Português Lunda Tchokwe (MPPLT), que há anos defende a autonomia daquela região, tentaram invadir uma esquadra policial, obrigando as forças de ordem a defender-se, provocando seis mortes
A versão policial é contrariada pelos dirigentes do MPPLT, partidos políticos na oposição e sociedade civil local, que falam em mais pelo menos 25 mortos e alegam que se tratou de uma tentativa de manifestação, previamente comunicada às autoridades, e que os manifestantes estavam desarmados.