O advogado Zola Ferreira Bambi confirmou a O Decreto a realização da autopsia, nesta quinta-feira, 26, com presença do fotógrafo conforme a exigência da família do estudante Inocêncio Alberto de Matos morto na manifestação de 11 de Novembro.
As exigências da família em ter um fotógrafo aumentaram nos últimos dias por ter bastante evidência do assassinato do Inocêncio Alberto de Matos conforme demonstra o chapéu usado pelo malogrado no dia da manifestação.
Caso seja feita autopsia nesta quinta-feira, 26, fica ultrapassado o desentendimento entre a Procuradoria-Geral da República ((PGR) e a equipa de advogados da família em torno de um autópsia independente com a presença de um fotógrafo.
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Zola Bambi, membro da equipa de advogados de defesa, reitera a necessidade da autópsia “com a presença de um fotógrafo ligado ao Laboratório Central de Criminalística”.
Entretanto, o jurista Manuel Pinheiro entende que a PGR “não tem o direito de proibir fotos no momento da autópsia”, no que é corroborado pelo também jurista Agostinho Canando, quem questiona o interesse da PGR em proibir fotografar o acto:
“A Procuradoria teria esse direito com que fim, será algum delito na morte deste jovem?”
Inocêncio Alberto Matos foi morto durante a manifestação de 11 de novembro contra o alto nível de desemprego e pela marcação das eleições autárquicas em 2021, alegadamente por um objecto contundente, segundo o médico que o atendeu no hospital, onde foi sujeito a uma intervenção cirúrgica.
A família desde a primeira hora e colegas activistas apontaram o dedo à polícia e o pai condicionou o enterro à realização de uma autópsia independente.