O Conselho de Administração do Banco de Poupança e Crédito (BPC) desmentiu uma informação, em circulação nas redes sociais, segundo a qual um dos seus administradores executivos foi impedido de sair do país por suposta ligação à “Operação Caranguejo”.
Em nota publicada este domingo, a instituição declara ser uma informação “totalmente falsa e delirante”, que “visa pôr em causa a imagem do BPC, assim como a idonieidade e reputação dos membros do seu Conselho de Administração”.
Por este motivo, repudia “veementemente” o conteúdo desta e de outras informações similares, que “têm como objectivo obstruir, por todos os meios necessários, a implementação das medidas previstas no Plano de Recapitalização e Reestruturação em curso no banco”.
Na nota, o Conselho de Administração do BPC reafirma o seu compromisso com a defesa dos interesses dos seus accionistas e clientes, mantendo-se determinado na execução do seu programa estratégico, vital para garantir a sustentabilidade do futuro da instituição.
Indica que, face a forma recorrente como têm sido publicadas informações falsas sobre o BPC, decidiu accionar os mecanismos adequados para a identificação e responsabilização judicial dos autores das mesmas, reservando-se o direito de actuar de igual forma contra todos aqueles que atentarem contra o bom nome da instituição, dos membros dos órgãos sociais e dos seus colaboradores.
Caso Lussaty
De acordo com informações que circulam nas redes sociais, um dos administradores do BPC terá sido impedido de sair do país, após tentativa de fuga, na sequência das investigações das extensões do caso “Caranguejo”, que resultou na detenção do oficial da banda musical da Presidência da República, major Pedro Lussaty, e a abertura de inquérito contra vários outros.
Segundo tais informações, no Aeroporto “4 de Fevereiro”, o referido administrador terá apresentado um documento da junta médica, para tentar sair do país, tendo sido detido e, posteriomente, libertado, com proibição de se ausentar de Luanda.
No final de Maio último, no quadro da denominada operação “Caraguejo”, o major Pedro Lussaty foi detido, quando tentava sair do país com malas contendo milhões de dólares e milhares de euros.
Na sequência das investigações, foram igualmente apreendidos dezenas de imóveis e viaturas de luxo, assim como artigos de uso pessoal, como relógios.