O Banco Nacional de Angola (BNA) reuniu-se, quinta-feira, com operadores da cadeia alimentar do país, para perspectivar a estabilidade dos preços na economia, soube hoje a ANGOP.
O encontro, orientado pelo governador do BNA, José de Lima Massano, por videoconferência, também serviu para fazer o balanço da actividade económica de 2021, de acordo com uma nota publicada no site da instituição.
O governador destacou a importância da manutenção de um diálogo fluido entre o Banco Central e operadores económicos, para permitir a partilha oportuna de informação capaz de influenciar o alinhamento de expectativas, com impacto positivo sobre o ambiente de negócios e a estabilidade da economia.
Salientou, na abertura do evento, que os equilíbrios macroeconómicos alcançados no mercado interno atenuaram alguns dos efeitos externos adversos ocorridos em 2021.
Disse ser expectável que ao longo do presente exercício económico esses desenvolvimentos se reflictam melhor sobre a estabilidade dos preços na economia, pelo que se conta com a elevação e sentido de compromisso de todos intervenientes da cadeia alimentar.
Durante a reunião, “o BNA fez incursão sobre a economia, com destaque para a estabilização do mercado cambial, marcado pela apreciação do kwanza face às moedas dos principais parceiros comerciais de Angola e a melhoria da posição externa do país, através de uma maior acumulação das reservas internacionais”.
Num outro documento, apresentado pelo o vice-governador do BNA, Tiago Dias, fez-se referência à evolução dos preços na economia e, em particular, dos bens alimentares que continuam a impactar negativamente sobre a inflação no país.
Os operadores do sector alimentar evocaram vários factores que têm contribuído para o comportamento dos preços, com maior realce para a duração da cadeia logística e de distribuição, o agravamento dos preços na origem (inflação importada) e para as acentuadas margens de lucro no segmento retalhista de bens alimentares.
De acordo com essa classe, “não obstante as medidas adoptadas pelas autoridades nacionais, que resultaram na estabilidade cambial e no desagravamento dos direitos aduaneiros, os seus efeitos serão sentidos de modo gradual, sendo já visível a baixa de preços de alguns produtos”.
O encontro inseriu-se nos eventos regulares que o Banco Central tem promovido com os operadores do ramo alimentar.
A última reunião decorreu em Agosto de 2021, em que participaram os principais parceiros ligados à importação e distribuição de produtos, entre os quais a Angoalisar, a Ecodima, Max, a Shoprite, a Newaco, a Leonor Carrinho, o Candando e a Anseba.