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Angola: Banco Nacional de Angola (BNA) diz que “não há falta de divisas” em Angola e que mercado cambial está normalizado

O governador do Banco Nacional de Angola (BNA) disse hoje que não há falta de divisas no país e que o mercado cambial está normalizado

As declarações de José de Lima Massano foram prestadas numa conferência de imprensa, em Luanda, no final da reunião do comité de política monetária (CPM) do banco central angolano.

“Não temos conhecimento de operações cambiais pendentes por dificuldade de acesso a divisas, consideramos o mercado cambial normalizado”, salientou o responsável do BNA.

No domínio cambial, no mês de agosto, o kwanza valorizou cerca de 0,65% em relação ao dólar, elevando a apreciação acumulada desde o início do ano para 2,15%.

No mercado informal, a apreciação acumulada no mesmo período foi de 12,44%, o que resultou num diferencial entre a taxa formal e informal de 5,30%.

Segundo Lima Massano, os atrasos em operações cambiais que suscitam reclamações por parte de alguns clientes bancários não são provocados por problemas de divisas e sim ineficiência operacional.

“Não há falta de divisas. Temos um mercado cambial que funciona, normalizado”, insistiu, sublinhando que o mercado “encontrou o seu equilíbrio”.

O governador do BNA adiantou ainda que foram adquiridos, em setembro, mês em que se verificou uma forte apreciação do kwanza, 130 milhões de dólares “e os bancos comerciais não sentiram necessidade de fazer essa compra”.

Lima Massano realçou que o BNA tem estado focado na gestão das reservas internacionais: “Temos operações em dia e reservas a crescer, é natural que haja uma apreciação da taxa de câmbio”, afirmou, rejeitando que esta seja artificial.

Não obstante a queda das quantidades exportadas de petróleo, o saldo da conta corrente da balança de pagamentos manteve-se superavitário no segundo trimestre, segundo o CPM. De acordo com os dados preliminares, o saldo da conta corrente foi de 1.724,52 milhões de dólares (1.490,64 milhões de euros), contra 1.974,58 milhões de dólares (1.706,80 milhões de euros) no trimestre anterior.

O desempenho das contas externas, incluindo a atribuição de Direitos Especiais de Saque de cerca de 1,007 milhões de dólares (864 milhões de euros), permitiu uma acumulação de reservas internacionais na ordem de 1.851,85 milhões de dólares (1.600,64 milhões de euros), até ao mês de agosto.

O ‘stock’ de Reservas Internacionais Brutas situou-se em 16,73 mil milhões de dólares (14,46 mil milhões de euros) em agosto, assegurando a cobertura de 12,63 meses de importações de bens e serviços.

As Reservas Internacionais Líquidas fixaram-se em 9,90 mil milhões de dólares (8,55 mil milhões de euros).

A Base Monetária em moeda nacional, variável operacional da política monetária e os agregados monetários (M2) em moeda nacional, variável intermédia de política monetária, contraíram até agosto em 12,68% e 4,61%, respetivamente.

 

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