spot_imgspot_imgspot_imgspot_img

Angola: Bispo da IURD demarca-se dos templos transformados em locais de “farras e consumo de álcool”

O bispo da Igreja Universal do Reino de Deus em Angola disse não ser da responsabilidade da IURD, os locais que antes eram templos de adoração a Deus e agora servem como espaços lazer, venda e consumo de bebidas alcoólicas, por não estarem mais sob gestão da igreja.

Alberto Segunda afirmou que, devido ao bloqueio das contas bancárias pelos órgãos do Estado angolano, a Igreja Universal do Reino de Deus (IURD) em Angola, ficou sem a possibilidade de continuar a custear o arrendamento dos imóveis que serviam como locais de adoração.

Em declarações à imprensa esta sexta-feira, 22, durante o acto de apresentação e tomada de posse da nova direcção da IURD saída da Assembleia Geral extraordinária realizada no dia 4 de Junho do ano em curso, publicado em Diário da República, III série nº 155, de quinta-feira, 7 de Outubro de 2021, liderada por si, esclareceu que, a Igreja Universal do Reino de Deus tem mais de 300 templos em todo o país na sua maioria construídos de raiz, sendo alguns funcionam em regime de arrendamento.

“Com o encerramento das nossas contas, houve a necessidade de se criar uma estratégia de devolução desses templos, pois não fazia sentido estarmos a pagar sem fazer o devido uso”, disse Alberto Segunda, acrescentando que, “uma vez estando em posse dos seus legítimos proprietários, têm o direito de fazer o uso que eles bem entenderem, por isso, se os templos que eram alugados foram transformados em locais de farras é porque não estão mais sob o controlo da igreja”, concluiu.

Apelo ao Presidente da República para atenção especial no caso Igreja Universal

Na ocasião, o líder espiritual e presbítero geral da IURD, Alberto Segunda, fez saber que “o conflito entre irmãos está a deixar mais de 500 mil membros em desespero”, por essa razão, “pede a intervenção do Presidente da República e do seu Executivo em busca de soluções”.

Tendo sido publicada a acta em Diário da República, III série nº: 155, de 7 de Outubro de 2021, Alberto Segunda pede às autoridades angolanas na questão da reabertura dos templos, desbloqueios das contas e a reposição da legalidade da IURD em si.

O bispo exortou ao Chefe de Estado e ao Executivo a darem maior atenção à problemática da Igreja Universal do Reino de Deus, em Angola porque, segundo disse, “o que está em jogo não é só os membros da IURD, mas sim os 500 mil membros que sofrem por essa decisão”.

De acordo o Presbítero Geral, “a IURD controla dez bispos angolanos, dez mil obreiros, mais de 500 mil membros e 20 mil jovens, jovens estes que estiveram no mundo das drogas e criminalidade”.

Bispo Alberto Segundo avançou, durante a conferência de imprensa que “temos funcionários e serviços por atender o encerramento das contas está criar muitos constrangimentos para efectuar o pagamento dos trabalhadores”.

Se a fé é a última coisa a morrer, o líder da IURD acredita que o Estado vai tomar uma decisão mais adequada para a reabertura dos templos, uma vez que “são milhares de fiéis que sofrem orando de baixo das árvores e o Estado não gostaria de ver mais essas pessoas realizando cultos debaixo do sol”.

Novo elenco da IURD em Angola

A nova direcção resultante da última Assembleia Geral realizada em Junho entrou em funções nesta sexta-feira, 22, cuja cerimónia de empossamento aconteceu no Talatona, em Luanda. Em comunicado lido à imprensa, a sua direcção entende que a Igreja Universal do Reino de Deus (IURD), há dois anos que tem sido alvo de diversos ataques, perpetrados alegadamente por ex-pastores e pastores dissidentes.

De acordo com a “ala brasileira” da IURD, “tais ataques têm por finalidade única manchar o bom nome da instituição numa demonstração de um acto de rebelião e tentativa de controlo da organização por meios criminosos”.

A nota informa aos fiéis da igreja e a sociedade em geral que, a assembleia elegeu o bispo Alberto Segunda como o líder espiritual e presbítero geral da Igreja Universal do Reino de Deus em Angola.

Foram igualmente eleitos os membros do conselho de direcção, que tem a testa o bispo António Miguel Ferraz, coadjuvado pelo bispo Pascoal Joaquim Sandrenho. Ankira Noelma Narciso Rodrigues foi escolhida como secretária-geral da organização fundada no Brasil por Edir Macedo e Ivone Teixeira foi eleita tesoureira.

Para a mesa de Assembleia Geral, os membros da IURD escolheram o bispo Paulo Meireles Rosa Comba, tendo como vice-presidente João Ananias de Menezes.

O encontro de Junho último alterou também os estatutos da Igreja Universal do Reino de Deus, constante no Diário da República, publicado no dia 7 deste mês.

Entretanto, a IURD pensa que os actos legais “aqui anunciados, bem como os efeitos por si produzidos, demonstram com clarividência que a direcção legítima da Igreja Universal da Igreja Universal do Reino de Deus, sempre pautou pela verdade, transparência respeitando as normas vigentes em Angola”, lê-se.

 

spot_imgspot_imgspot_imgspot_img
spot_imgspot_imgspot_imgspot_img

Destaque

Artigos relacionados