A província angolana de Cabinda foi placo este sábado (18.12) de duas manifestações convocadas, separadamente, pelo MPLA e a UNITA. Os manifestantes reafirmaram apoio aos seus líderes partidários.
Os militantes e simpatizantes do Movimento Popular de Libertação de Angola (MPLA) realizaram este sábado, em Cabinda, uma manifestação de apoio ao presidente do partido, João Lourenço. A marcha decorreu em simultâneo com a da União Nacional para a Independência Total de Angola (UNITA), que teve também o mesmo propósito – apoiar a liderança de Adalberto Costa Júnior.
Nas redes sociais, muitos internautas criticaram o partido no poder por ter convocado a sua manifestação para este sábado, como forma de “ofuscar os protestos da oposição” contra vários problemas com que se confronta a província de Cabinda.
Segundo as denuncias feitas em Cabinda, alguns funcionários públicos, particularmente os gestores de escolas, “foram obrigados” a participar nos protestos a favor do MPLA, só para não serem alvo de represálias por parte do Estado angolano.
“Fomos obrigados a participar na marcha pelo diretor da nossa escola, alegando que são orientações superiores. Ele diz que se não participassemos poderíamos ser sancionados”, revelou à DW África um dos manifestantes que pediu para não ser identificado.
A mesma situação sucedeu com alguns alunos de diferentes escolas. “Nós fomos avisados no último dia da prova que deveríamos ir à escola sábado, mas não disseram o porquê. Chegamos lá, mandaram-nos subir no autocarro e fomos à marcha. Não nos deram nada de comer lá”, relata uma aluna.
O partido no poder refutou todas as acusações.
As duas manifestações decorreram sem incidentes reportados.