Aumentam os números mas caiem os recursos
Os centros de acolhimento de crianças na província angolana da Huíla estão a experimentar dificuldades de quase tudo agravadas com os efeitos do novo coronavírus.
Desde a alimentação, vestuário passando pelas condições de acomodação, os lares de acolhimento de menores dizem estar a enfrentar o pior momento dos últimos tempos com impacto negativo na sua gestão.
Na província da Huíla estão controlados seis lares de acolhimento com dezenas de crianças dos 0 aos 17 anos de idade.
Lucas Elias chefe do departamento da acção social do gabinete provincial de acção social e igualdade do género, admite dificuldades de gestão dos centros de acolhimento no atual contexto.
“Apesar que o gabinete apoia é insuficiente não é na dimensão anterior dos outros tempos” disse .
“Agora nós sabemos que o contexto é outro as receitas baixaram o petróleo baixou e isso tem implicações”, acrescentou
Anderson Costa responsável do denominado centro evangélico Criança Feliz, com oitenta crianças internadas e em meio as dificuldades, já projeta o aproximar da quadra festiva com o natal e passagem de ano.
“ Nós abraçamos essa causa temos oitenta crianças a viver e é sempre uma demanda muito grande de alimentação, material de higiene, limpeza com a folha de pagamento”, disse.
Costa disse que para lá das dificuldades do momento vê outros desafios que se colocam aos lares de acolhimento de menores.
“ Temos trabalhado muito na questão da disciplina positiva como a forma de substituição completa dos castigos físicos. Creioque este é um dos grandes desafios que os centros de acolhimento aqui no Lubango e creio em todo país enfrentam”, disse.
Mas não são só oslares apra crianças que enfretam dificuldades.
No lar da terceira idade do Lubango mais de oitenta idosos ocupam o centro ultrapassando a sua capacidade de acolhimento em mais de metade, medida tomada para atender a demanda atual.
“O senhor governador entendeu que nesta fase da pandemia ninguém pode ficar nas ruas e todos idosos que não encontram acomodação no seio familiar e aqueles que foram abandonados nos hospitais são todos trazidos aqui”, disse