A Polícia Nacional (PN) na Lunda-Norte deteve, no domingo, 05, um cidadão de nacionalidade francesa, de 58 anos, com 4.429 diamantes, no interior de uma residência no centro urbano do município do Lucapa, no âmbito da Operação Transparência em curso no País, soube o Novo Jornal de fonte policial.
Vincent Edouard Hector Mary é residente na província de Luanda e estava em trânsito, proveniente do município de Cambulo, quando acabou detido no município do Lucapa, onde efectuava a compra, de forma clandestina, de diamantes, e com ele foram ainda apreendidos 3.350 dólares, 30 euros e vários equipamentos como balanças, candeeiros, lupas, máquinas calculadoras e pás de recolha de diamantes.
Ao Novo Jornal, o director de comunicação da delegação do Ministério do Interior na Lunda Norte, inspector-chefe Rodrigues Zeca, contou que Vincent Edouard Hector Mary, que efectuava a compra de diamantes clandestinamente, tem a situação migratória regularizada. “O facto foi descoberto neste domingo, 05 de Julho, pelas forças policiais, durante as acções de fiscalização rotineiras no domínio investigativo.
O cidadão foi detido e encaminhado ao Serviço de Investigação Criminal (SIC) e incorre na prática que configura crime de posse ilícita de minerais estratégicos”, disse o porta-voz da MinInt. Segundo o inspector-chefe, os diamantes e os valores apreendidos serão entregues à Comissão de Arrolamento do Posto Avançado da Operação Transparência, com sede em Malange, para os procedimentos que se impõem.
De recordar que as casas ilegais de compra e venda de diamantes na Lunda-Norte são os principais elementos que fomentam a imigração e o tráfico ilícito do mineral estratégico na província, revelou, no ano passado, o comandante provincial da Polícia Nacional e delegado do Ministério do Interior, comissário Alfredo Quintino “Nilo”.
De acordo com o comandante, na província da Lunda-Norte existem grandes focos de garimpo ilegal de diamantes, cuja actividade é estimulada pelos cidadãos nacionais e estrangeiros que colaboram com os proprietários das casas comerciais de compra de diamantes, que por sua vez são os patrocinadores da actividade de extracção ilícita nas reservas do Estado.