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Angola: Conheça o “multimilionário Libanês Jamal Saddé de 22 anos de idade que fatura milhões de dólares”

Angola se tornou refúgio para muitos empresários libanês que financiam organizações internacionais de terrorismos e residem mais do que duas décadas no país e que ainda detém um império de empresas comerciais. 

Apesar de dois desses grandes empresários libaneses – Kassim Tajideen e Hatem Barakat – considerados pela Justiça americana como ”Specially Designated Global Terrorists” – estarem agora presos nos EUA, por financiamento a alegados grupos terroristas, algumas das suas empresas continuam operacionais, embora umas tenham mudado de nome, e outras tenham sido expropriadas e “vendidas”, num escândalo judicial que levou recentemente à demissão do Presidente do Supremo Tribunal de Angola, Rui Ferreira.

Quem é Jamal Saadé “podre” de rico que circula pelas ruas de Luanda

Nos últimos dias, e depois de o Na Mira do Crime ter Reportado um caso em que Cinco cidadãos libaneses reclamam da actuação de alguns agentes do SIC-Viana, que dizem estar a trabalhar amando de um expatriado, também libanês, de nome Jamal Saadé que faz deste sector (SIC) a sua arma de pressão para reaver cerva de 50 milhões de dólares supostamente retirados dos cofres deste libanês. O NMC procurou saber quem é de facto este jovem de apenas 22 anos de idade, com este poderio financeiro, que circula pelas ruas da capital com carros top de gama, Lexus e Mercedes, a prova de bala, e que passa de lado da justiça angolana.

Fonte próxima a Saadé, fez saber que o mesmo é filho de um milionário libanês, com ramificações comerciais na Nigéria, Sudão, Africa do Sul, Angola e outros pontos de África.

Onde trabalha e com quê?

Jama Saddé lidera a empresa Sonite Internacional, situada no município de Viana, Km 19, fabricante de chapas de zinco e ferro.

Em Angola há 4 anos, proveniente da Nigéria, onde supostamente foi “retirado” por ter conflitos com os naturais, Jamal controla a fortuna do pai.

Posto policial no portão da sua empresa

Contam os seus funcionários que, o poder de Jama é tão abrangente nas autoridades angolanas que, para proteger a sua empresa de algum assalto, negociou a construção de um posto policial em frente a sua empresa, e o mesmo tem suportado os efectivos com alimentos e toda necessidade possível.

“Não é só a Polícia, aqui nesta empresa há muitas irregularidades, desde o desnível salarial entre os expatriados e os angolanos, o problema é que sempre que alguém vem cá ter para averiguar falhas ou denuncias, acabam sempre por sair a rir, ou seja, saem com as mãos lavadas, tenho provas de vários chefes de associações de defesas do consumidor que mesmo flagrando um crime acabam por ceder”, denunciou.

O líder da Sonite, segundo a nossa fonte, os seus conterrâneos como peças chaves na empresa que dirige, daí os salários serem desnivelados.

“Os salários dos libaneses chegam a rondar 10 milhões de kwanzas, vejam só o salário do seu financeiro, Anwar Hussein”, atirou, sublinhando que os salários dos nacionais rondam os 60 e 80 mil Kwanzas.

“Este valor sofreu alteração no final do ano de 2020, porque antes era 35 a 45 mil kwanzas, mas depois de nos manifestarmos em Maio do ano passado, houve um acréscimo”.

Bónus milionários para os libaneses

Num documento interno da empresa em posse do Na Mira do Crime, podemos constatar o bónus que cada expatriado recebe. Os valores chegam até 15 mil dólares por cada pessoa. O Na Mira sabe, também, que este privilégio é apenas para os estrangeiros.

Libaneses em Angola

Angola passou a ser um destino para os libaneses no final dos anos 80, quando o mercado era propício ao sucesso de grandes negócios.

Chegaram, viram e venceram. É o que podem dizer os libaneses que desde 1988 começaram a franquear as fronteiras de Angola. Primeiro vieram sozinhos. O «trading» era o que estava a dar porque havia falta de tudo.

O mercado era propício ao sucesso de grandes negócios.

Com o circuito de abastecimento alimentar então controlado pelo Estado completamente desarticulado, um verdadeiro cartel de empresas libanesas aproveitou as debilidades do sector e passou a controlar o fornecimento, por grosso, dos bens alimentares.

A maioria dos libaneses presentes em Angola é proveniente do antigo Zaire e da Serra Leoa. Nesta actividade, alguns deles utilizam o comércio grossista para se envolverem em operações de lavagem de dinheiro, com a cumplicidade de altos responsáveis angolanos, que têm os seus interesses acobertados nestas operações e facilitam a saída do aeroporto de malas inteiras cheias de dinheiro.

Com fortes ligações ao poder, empresas como a Angoalissar, Arosfram e Atltas Grupo, detidas por libaneses, movimentavam, de acordo com fonte do Expresso, até o ano passado, mais de 400 milhões de euros por ano, exercendo pressão sobre o mercado cambial através da especulação e entesouramento do kwanza.

Em 1995, cerca de 120 libaneses foram expulsos do país no âmbito da “operação câncer”.

“Terroristas Globais”

Em 1990, o libanês Mohamed Tajideen, de 63 anos, instalou-se em Angola onde criou a sua primeira empresa. Tajideen é filho de Kassim Tajideen, um belga com cidadania americana.

Kassim e os irmãos, Ali e Husayn Tajideen, construíram um negócio familiar que se tornou um império na criação de aves, venda de arroz, propriedades e construção. Ali foi um antigo comandante do Hezbollah, segundo os EUA, enquanto Husayn é qualificado como um grande contribuinte e angariador de dinheiro para o Hezbollah.

Quando os irmãos foram acusados, pelos EUA, de auxílio ao terrorismo em 2010, reestruturam o seu império multimilionário para esconder o papel de Kassim – já considerado “terrorista global” pelos EUA – que operava uma importante rede em Angola e no Líbano e que contribuiu com dezenas de milhões de dólares para o Hezbollah (o Partido de Deus).
Os seus interesses incluíam as empresas de direito angolano “Golfrate Holdings Lda”, “Afri Belg Comércio e Indústria Lda”, e o “Grupo Arosfran – Empreendimentos e Participações S.A.R.L”, todas elas designadas pelo Departamento do Tesouro norte-americano como entidades financiadoras de terroristas.

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