As obras de construção da refinaria do Lobito (província de Benguela), projectada para processar 200 mil barris de petróleo por dia, ficam concluídas entre 2025 e 2026, informou hoje o coordenador do projecto, Guimário Correia.
O projecto está avaliado em seis mil milhões de dólares e dentro de cinco meses será levado a concurso público, para se determinar a empresa construtora do empreendimento.
Numa entrevista à Rádio Nacional de Angola, o coordenador disse que após o período de apuramento, a Sonangol procede as devidas negociações e acertos com a empresa vencedora do concurso público, num horizonte temporal de até três meses.
Guimário Correia disse que os potenciais investidores podem participar no concurso individualmente ou em consórcio com outras empresas/pessoas, desde que demonstrem condição legal, capacidade financeira, técnica e reputação ilesa.
Diagnóstico e estratégias do sector de refinação em Angola
Actualmente, “o país depende quase inteiramente da importação de produtos refinados, mormente a gasolina e gasóleo, amplamente utilizados no transporte e na indústria em crescimento”.
De forma a suprimir tal dependência, “o Governo angolano definiu uma estratégia que permite grupos nacionais e estrangeiros investirem na indústria de refinação de petróleo para a construção de novas refinarias”.
No âmbito da estratégia, estão em curso investimentos na refinaria de Luanda, que possui uma capacidade de processamento de 65 mil barris de petróleo por dia, decorrendo melhorias técnicas e operacionais para aumentar a produção de gasolina e gasóleo, além de melhorar a qualidade dos referidos produtos.
Adicionalmente, o país vai dispor da futura refinaria de Cabinda, projectada para iniciar a sua operação em 2022, com uma capacidade de refinação de 60 mil barril de petróleo por dia.
Por sua vez, “a futura refinaria do Soyo está projectada para iniciar a sua operação em 2025, com uma capacidade de produção de 100 mil barris de petróleo por dia”.
Angola, apesar de país produtor de petróleo, possui actualmente apenas uma refinaria, a de Luanda, e recorre à importação de derivados de petróleo.
A refinaria de Luanda atende apenas 20% das necessidades de combustíveis do país.