Pelo menos 16 mototaxistas foram detidos, em Luanda, por alegada “tentativa de invasão” do comando municipal da polícia do Cazenga para reaverem as suas motorizadas apreendidas, no âmbito de uma operação policial, foi hoje anunciado.
A informação foi avançada pelo porta-voz do Comando Provincial de Luanda da polícia angolana, Nestor Goubel, considerando tratar-se de um ato de rebeldia dos mototaxistas que não quiserem sequer dialogar com os efetivos ali destacados.
Segundo o oficial da polícia, os factos ocorreram por volta das 11:00 locais, período em que os efetivos em serviço no comando municipal do Cazenga, um dos municípios mais populosos de Luanda, “foram surpreendidos com ações de protesto e intenção de invasão”.
“O grupo de mototaxistas em gesto de rebelião queriam reaver as suas motos apreendidas pelas forças de trânsito, afeto ao comando municipal do Cazenga, devido às infrações que estes têm estado a cometer”, explicou Nestor Goubel.
A não utilização de capacetes, o transporte de “mais de duas pessoas e a falta de documentos” constituem as “principais irregularidades” dos mototaxistas do Cazenga, situação que concorreu para a operação.
Mais de 80 motorizadas foram já apreendidas pelo comando da polícia do Cazenga, no âmbito da operação que visou “melhorar a circulação rodoviária” no município.
Nestor Goubel disse igualmente que, “como medida de contenção, os efetivos locais primaram inicialmente com o diálogo para tentar apaziguar os ânimos, mas os mototaxistas, mesmo sabendo que estavam errados, tentaram invadir o comando”.
“Os efetivos, em momento algum, fizerem o uso de armas, mas optaram por pedagogia para apaziguar os seus ânimos, mas também assim não entenderam, uma atitude que em nada abona para o patriotismo”, frisou.
“E como consequência dessas ações foram detidos 16 mototaxistas pela presumível autoria de tentativa de invasão do comando municipal do Cazenga, com atos de rebeldia defronte ao comando, com empurrões ao portão”, explicou.
Os detidos serão encaminhados ao Ministério Público “para julgamento sumário”, assegurou ainda Nestor Goubel.