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Angola: Dezenas de “militantes e simpatizantes” da UNITA foram detidos na província do Uíge

Dezenas de militantes e simpatizantes da UNITA foram detidos no Uíge na sequência dos confrontos entre militantes deste partido e do MPLA no munícipio do Sanza Pombo no passado sábado. A Unita diz que mais de 40 pessoas foram presas e as operações policiais continuaram segunda-feira.

Contactados os serviços de investigação criminal do Uíge, para nos inteirarmos do real número dos detidos, fomos informados pelo porta-voz do SIC, Zacarias Fernando, que “enquanto a operação durar, ainda não será possível algum pronunciamento”.

O secretário para mobilização e informação da UNITA, Dinanzeye Victor Mafuani, disse que está a decorrer uma “espécie de caça homem conforme foi em 1992”, fazendo assim eferência aos acontecimetnos nesse ano que levaram ao reinício da guerra civil.

“Até hoje o número já está rondar por aí quarenta e tal detidos, e nesta manhã capturaram no Bem-vindo alguns jovens e aqui no centro da cidade também mais quatro dirigentes, esta é a situação que está (a) ocorrer aqui na cidade do Uíge”, acrescentou.

Mafuani insistiu que os confrotnos foram provocados por elementos ligados ao MPLA mas acrescentou que o seu partido está de portas abertas para dialogar e ultrapassar os litígios.

“Depois desta situação o secretário provincial da UNITA pediu ao comandante provincial para se tratar o assunto e ser ultrapassado, mas até agora o comandante da polícia mantém-se em silêncio, dizia que estou (a) ir ainda a Sanza Pombo, foi e voltou e não se pronunciou em nada, ainda hoje voltou lá, a Sanza Pombo, uma grande delegação (e) até aqui estamos sem nenhuma resposta”, acrescentou.

Este dirigente local da UNITA exortou a polícia a a abordar a questão de modo imparcial .

“O que nós esperamos é uma abertura do lado do governo e da polícia para ver o que se passou, porque os nossos militantes não foram os agressores, os nossos militantes foram agredidos pelos homens do MPLA e foi um programa bem organizado” disse Mafuani.

Hoje foi o segundo dia desde que começaram a ser julgados sumáriamente os primeiros militantes detidos. A VOA, contactou um dos advogados de defesa dos arguidos, mas este escolheu pronunciar se mais tarde.

 

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