As eleições autárquicas inicialmente marcadas para este ano, podem ser realizadas em simultâneo com as eleições gerais em 2022.
Segundo apurado, o protelamento das eleições autárquicas previstas para 2020 foi determinado por receios considerados fundados de que o MPLA viria a sofrer uma derrota capaz de se reflectir de forma negativa nas eleições gerais de 2022.
A decisão, segundo avança o África Monitor, de juntar as autárquicas às próximas eleições gerais, eleva o grau de probabilidade da ocorrência de fraude em todos os actos.
A ideia de que o deferimento das eleições autárquicas foi determinado pela necessidade de um “compasso de espera” destinado a permitir a execução de um ambicioso programa de empreendimentos locais, PIIM, é considerada apenas parcialmente procedente.
O intento do regime é menos o de estimular o voto no MPLA, dificultado pela erosão do partido; mais o de “dar cobertura” à fraude, salienta o boletim editado em Lisboa.