Centenas de militantes do maior partido da oposição angolana estão hoje concentrados defronte do Cemitério de Santana, em Luanda, onde começa uma marcha pela pacificação de Angola, convocada pela União Nacional para a Independência Total de Angola (UNITA).
No local marca também presença um forte cordão policial, que deverá acompanhar o curso da marcha, que deve terminar no Largo das Escolas, onde deverão ser lidas algumas notas sobre os propósitos desta manifestação.
Alguns curiosos e vendedoras também aguardam expectantes pelo início desta manifestação, convocada pela UNITA e que congrega também o Bloco Democrático, a Frente Patriótica Unida e o PRA-JA Servir Angola.
Aguarda-se também no local a presença dos rostos da Frente Patriótica Unida (FPU), nomeadamente Adalberto Costa Júnior, líder da UNITA, Abel Chivukuvuku, líder do PRA-JA Servir Angola, e Filomeno Vieira Lopes, líder do Bloco Democrático, o trio que compõe a Frente Patriótica Unida.
Os manifestantes exibem vários cartazes e bandeiras brancas, simbolizando a necessidade da paz, que é um dos lemas da manifestação.
“Somos a favor da paz”, “Queremos uma comunicação social transparente”, “Exigimos a despartidarização da CNE [Comissão Nacional Eleitoral]” e “Exigimos liberdade dos presos políticos” são alguns dos dizeres dos cartazes.
Do universo dos 90 deputados eleitos pela UNITA nas eleições de 24 de agosto, alguns já estão no local para também participarem no protesto.
Aos poucos, mais gente vai chegando ao local onde deverá ter início a marcha, localizado a escassos metros do comando provincial de Luanda da policia nacional.
A marcha de hoje, em defesa do Estado democrático e de direito e pela libertação dos presos políticos, surge um mês após as eleições gerais em Angola, que deram a vitória ao Movimento Popular de Libertação de Angola (MPLA), no poder desde a independência do país.
A marcha não conta com a adesão de outros partidos da oposição, apesar de estes anteriormente terem mostrado interesse também em mobilizar os seus apoiantes.