A União Nacional para a Independência Total de Angola (UNITA) promove hoje, um mês após as eleições angolanas, uma marcha em defesa do Estado democrático e de direito e pela libertação dos presos políticos.
Em declarações à Lusa, o secretário provincial do partido em Luanda, Nelito Ekukui, sublinhou que, depois das eleições, vários jovens ativistas foram ameaçados e presos, sem mandados.
Também o presidente do partido do “Galo Negro”, Adalberto Costa Júnior, denunciou na quinta-feira que no período pós-eleitoral em Angola foram detidos em bairros de Luanda e outras províncias, jovens, ativistas cívicos e membros de partidos políticos, nomeadamente da UNITA, alguns dos quais alvo de espancamentos e tortura física.
A marcha pela liberdade convocada pela UNITA não conta com a adesão de outros partidos da oposição, apesar de estes anteriormente terem mostrado interesse também em mobilizar os seus apoiantes.
Num comunicado conjunto de 08 de setembro os lideres de cinco partidos da oposição angolana (UNITA); Convergência Ampla de Salvação de Angola – Coligação Eleitoral (CASA-CE), Partido de Renovação Social (PRS), Frente Nacional de Libertação de Angola (FNLA) e Bloco Democrático) afirmavam estar disponíveis para estudar “o quadro e as condições para a organização e convocação de manifestações como expressão do sentimento de repulsa dos cidadãos eleitores” face aos resultados oficiais que deram vitória ao Movimento Popular de Libertação de Angola (MPLA), partido no poder desde a independência, em 1975.
A concentração tem início pelas 10:00 no cemitério de Sant’Ana e o início da marcha, em direção ao Largo 1.º de Maio, está previsto para as 13:00, sendo convidados a participar “os cidadãos que se reveem nos objetivos da marcha”.