As organizações angolanas de educação cívica e eleitoral dizem que foram excluídas do processo de registo eleitoral oficioso, e estão preocupadas.
Perante a situação, chamam a atenção para o cenário de suspensões com consequências imprevisíveis.
O calendário eleitoral entrou na fase do processo de registo oficioso e presencial, para as localidades de difícil acesso no país.
Este é também o momento em que os cidadãos maiores de 18 anos são chamados a habilitarem-se como potenciais eleitorais para facilitar a organização da base de dados para os cadernos eleitorais .
O processo teve início esta semana, em todo o território nacional, e vai estender-se até Março do próximo ano.
Em vésperas do início deste processo, “o Governo angolano, através do Ministério da Administração do Território avisou aos partidos políticos e coligações de partidos, que não haverá dinheiro disponível para atender as despesas para os fiscais das formações políticas”.
Em plena crise económica em que o pais se encontra mergulhado, a maioria dos partidos políticos na oposição já veio à público assumir dificuldades de logística como sendo o principal calcanhar de aquiles.
O MPLA, partido no poder, “é o único que diz estar com a máquina toda afinada e com capacidade financeira para custear as despesas dos seus militantes designados para fiscalizar o todo o processo de registo eleitoral”.
A coligação CASA-CE diz ter fiscais preparados e prontos para atender mais esta etapa pré eleitoral. O líder da terceira força no parlamento angolano, Alexandre Sebastião André afirma que a grande difculdade são os meios financeiros.
Para falar sobre o assunto, convidamos os secretários para assuntos políticos e eleitorais do MPLA e da UNITA, Mário Pinto de Andrade e Faustino Mumbika; e o director executivo do Instituto Angolanos de Sistemas Eleitorais e Democracia, Luis Jimbo.