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Angola: Fernando Metusal defende “processo contra jornalistas” que insistem em violar regras da profissão

É frequente em matéria jornalística de natureza jurídica, os profissionais da classe afirmarem categoricamente que o fulano ou sicrano cometeu este ou aquele crime, observou o jornalista Fernando Metusal Bueia.

Para este profissional da estatal angolana TPA, vezes há, que até ditam a sentença, antes do julgamento e ignoram completamente a presunção de inocência, apoiando-se nas acusações da polícia, do SIC ou da PGR e dizem categoricamente que o João fez e desfez, ao invés de dizer que o Fulano é acusado de ter feito, que segundo a polícia, SIC ou PGR, o sicrano terá violado, etc, etc.

Já que os jornalistas insistem, podem processá-los

“Isso mesmo que leram. Podem processa-los! Todos nós temos direitos. Quando eles são violados, devemos exigir que sejam repostos ou reparados”, defendeu Fernando Metusal, questionando se o que os manuais ensinam, está ultrapassado e se os manuais podem já ser deitados?

Outro “pecado” frequente nos últimos tempos, aponta Metusal, é a pressa em publicar as notícias ou outro tipo de informação.

Na sua opinião, o cruzamento das fontes deixou de fazer parte das obrigações nas distintas redacções, ao passo que, uma única pessoa diz algo, às vezes uma invenção, já é fonte credível e publica-se o conteúdo.

“Vários professores sempre afirmaram que em Jornalismo não existem, fontes fidedignas. Devemos recolher o maior número de amostras possíveis, antes de validarmos os dados que nos chegam. Então, estamos esquecidos? E o contraditório, também passou da moda? Já não faz parte das obrigações do jornalista?”, conforme o Jornalista.

Como se insiste nessas violações, alerta, quem for afectado, depois de provar a sua inocência, pode processar quem manchou a sua imagem.

“Depois nada de vitimização. Nem tudo é perseguição. Jornalismo é ciência. As regras não podem ser banalizadas. Competir com simples internautas, é desprestigiar a profissão. Lute em publicar o que não será desmentido”, considerou.

Não sou o melhor, disse Fernando Metusal, acrescentando que apenas aproveitou despertar a classe, porque há muitos que estão no sono profundo, no seu entender.

 

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