O porta-voz da comissão preparatória do V congresso ordinário da Frente Nacional de Libertação de Angola (FNLA), Ndonga Nzinga, afirmou, esta quinta-feira, em Luanda, que o partido pretende aumentar o número de deputados à Assembleia Nacional nas próximas eleições gerais.
Ndonga Nzinga, que falava em conferência de imprensa de apresentação dos candidatos à presidência do partido, disse que a FNLA pretende eleger, no minímo, 10 deputados, e recuperar o seu lugar como uma das forças políticas mais importantes a nível nacional e internacional.
“A FNLA quer tornar-se, na próxima legislatura, um partido da oposição com o devido peso. Neste sentido, no nosso V congresso ordinário, a decorrer de 16 a 18 deste mês, vamos preparar a estratégia eleitoral para atingirmos este desiderato”, salientou.
Anunciou que os militantes Tristão Ernesto, Fernando Pedro Gomes, Carlito Roberto, Lucas Ngonda e Nimi a Simbi, que reunem os requisitos previstos nos estatutos, são os candidatos à presidência do partido.
Entretanto, os candidatos Álvaro Manuel, Joveth de Sousa e José Fernando Fula, cujas candidaturas foram rejeitadas, poderão apresentar recurso até sexta-feira.
Questionado sobre o congresso realizado em Agosto último, que elegeu Pedro Dala ao cargo de presidente da FNLA, Ndonga Nzinga desvalorizou o acto, justificando que foi realizado sem o consentimento dos membros do comité central do partido.
“Como vamos validar um Congresso que contou apenas com a participação de seis dos 300 membros do Comité Central do partido”, questionou.
Nas primeiras eleições gerais, em 1992, a FNLA, fundada em 1954, elegeu cinco deputados, em 2008, três, em 2012, dois e, em 2017, apenas um, dos 220 assentos que compõem a Assembleia Nacional. parlamento angolano.