A Frente para a Libertação do Estado de Cabinda – Forças Armadas de Cabinda (FLEC-FAC) atualizou hoje o balanço relativo aos combates com as Forças Armadas Angolanas (FAA), apontando agora a morte de 12 soldados do exército angolano.
Anteriormente, a FLEC-FAC tinha divulgado um comunicado anunciando a morte de seis integrantes das FAA e sublinhando que “a situação permanece incerta na área de Belize”.
Os confrontos aconteceram cerca das 07:30, na aldeia do Kissungo no Maiombe (Belize), onde um veículo militar do exército angolano caiu numa emboscada das FLEC-FAC, no decurso da qual morreram seis soldados e outros quatro ficaram feridos.
Segundo o comunicado, os outros oito militares das FAA morreram em Mbata Lemba, na região de N’cutu, onde, por volta das 7:00, se travaram “violentos combates entre as forças angolanas e as forças armadas de Cabinda”.
O Governo angolano recusa normalmente reconhecer uma situação de instabilidade naquela província do norte de Angola, em resultado das ações de guerrilha dos independentistas, sublinhando sempre a unidade do território, e não confirma as mortes de soldados.
No início da semana, “os separatistas tinham já anunciado a morte de 16 pessoas, nomeadamente 12 soldados das FAA e quatro civis, durante “violentos combates” nas aldeias de Kisungo e Tando Masele, na região do Maiombe, município do Belize, no norte”.
A província angolana de Cabinda, onde se concentra a maior parte das reservas petrolíferas do país, não é contígua ao restante território e desde há anos que movimentos locais defendem a independência, alegando uma história colonial autónoma de Luanda.
A FLEC, através do seu “braço armado”, as FAC, luta pela independência daquela província, alegando que o enclave era um protetorado português, tal como ficou estabelecido no Tratado de Simulambuco, assinado em 1885, e não parte integrante do território angolano.